Executive Breakfast
"The New Leadership Competencies of the Digital World"
De acordo com Andrew Gilchrist, as empresas e organizações têm de trabalhar rapidamente e de forma inteligente no mundo digital. Não apenas fazer depressa. Como o provam o exemplo de grandes grupos e projectos mundiais, existe uma perpétua dança entre os vencedores de agora e os vencedores anteriores em termos de domínio do mercado. E não tem dúvidas de que o que faz realmente a diferença no crescimento das empresas é o seu tipo de liderança.
Há é que saber escolhar as pessoas certas, para garantir o sucesso. E aqui, tudo depende dos objectivos e da estratégia de cada projecto. Por exemplo na "guerra" entre a Apple e a Google, a primeira apostou em escolher os melhores líderes do mercado, com valor core, responsáveis e "apaixonados" pela empresa. Já a Google redefiniu todas as suas práticas de recrutamento, valorizando a experiência, o empreendedorismo e a procura de líderes de gestão. O Youtube está a colocar o ênfase na experiência e liderança sofisticada.
Para o responsável da Egon Zehnder, a experiência não é tudo, nem um QI elevado. Mais importante são as soft skills. As empresas têm ainda que ultrapassar um "gap digital": o fosso entre os líderes actuais e os novos colaboradores, num mundo em que o poder é cada vez mais dos consumidores. E o orador convidado não tem dúvidas de que 80% das novas competências para o mundo digital resultam de novos comportamentos centrados no consumidor, em permanente mudança e capacidade de teste e aprendizagem. "As coisas mudam tão depressa que há que ter a capacidade de ajustamento permanente", refere.
A forte colaboração dentro das organizações, assim como o pensar diferente são também fundamentais. É que encontrar um guru tecnológico pode ser importante, mas o fundamental é tornar toda a organização digital aware.
Para João Picoito, Head of South Europe da Nokia Siemens Networks e comentador deste evento, subscreve a ideia da necessidade de capacidades diferentes de liderança nas organizações no cenário actual. Numa indústria como a das TIC, que é "de certeza a indústria mais inovadora do mundo", são necessários outro perfil de líderes. Mas se as soft skills são muito importantes nas capacidades de liderança digitais, é a atitude que para este responsável faz toda a diferença. "Na liderança, é importante não desistir. Numa década o sector mudou dramaticamente e vai continuar a mudar".
Já José Carlos Gonçalves, CEO da Logica Ibéria, empresa que recruta anualmente e em média 200 pessoas, o fundamental é ter um "team work". Sem um verdadeiro trabalho em equipa não se cria nem muda nada. E por isso, a própria Logica está a mudar a sua organização e a criar um ambiente propício à colaboração entre colaboradores. Porque só assim é que se partilha, cria e inova. E está ainda a apostar no training, nomeadamente dos mais novos. Porque "a linguagem muda consoante o público alvo. A geração digital sabe usar o Facebook e o Twitter, mas não percebe a nossa linguagem".
Vai acontecer na APDC
2025-02-18
12ª Sessão do Digital Union | APDC & VdA
2025-02-19
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