Evento APDC

25.10
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Sessão decorreu a 25 de outubro, pelas 11h20

APDC debateu 5G no Portugal Mobi Summit

O 5G representa uma enorme oportunidade para os consumidores, as empresas e a economia nacional. O problema é que, na perspetiva dos operadores, Portugal está a ficar para trás, por culpa da regulação, que não está as tomar as necessárias medidas para acelerar. No debate sobre "Oportunidades e Desafios das Redes 5G no Futuro da Mobilidade", que decorreu no âmbito do Mobi Summit, os responsáveis da Altice, NOS e Vodafone mostraram a sua preocupação.

Nesta sessão organizada pela APDC e moderada por Joana Petiz, Subdiretora do Dinheiro Vivo, o CSO B2B da Altice, Nuno Nunes, salientou que o nosso país liderou a 3ª e a 4ª geração móvel, como um dos early adopters das tecnologias. "Sabemos o que é o 5G e era bom que o regulador tivesse o mesmo conhecimento. Mas não estamos todos na mesma página e deveríamos estar, porque os operadores vão ter de investir milhões de euros na rede e nos serviços", alertou.

João Nascimento, CTO da Vodafone, não tem dúvidas de que "estamos a perder oportunidades, por não estarmos no pelotão da frente do 5G. Seria bom para as empresas e os fornecedores de tecnologia sempre gostaram de testar as ofertas no nosso país".

Para Manuel Ramalho Eanes, Administrador Executivo da NOS, há mesmo "alguma falta de responsabilidade. O 5G é uma enorme oportunidade para o país e estamos a ficar para trás. Mesmo o que já foi lançado pelo regulador é pouco e pouco claro. Não estamos a tomar as necessárias medidas no espetro, com a informação necessária. Estamos muito preocupados".

Todos confirmam estar preparados para o arranque comercial da nova geração móvel e destacam que o potencial do 5G é enorme. Dará oportunidade a negócios que hoje ainda não existem, sendo um "enabler fantástico. The sky is the limit", refere o responsável da Vodafone, destacando que "a mobilidade e o 5G casam na perfeição para responder a problemas da nossa sociedade que ainda estão por resolver. Traz automação, inteligência e aprendizagem"

O administrador da NOS não tem dúvidas de que "temos muitas revoluções ligadas ao 5G, que não se esgotam na mobilidade", citando o processamento de vídeo a alta velocidade, que dará origem a múltiplas soluções de realidade aumentada e virtual. Estas permitirão não só soluções para problemas complexos como as cirurgias remotas, como novos serviços para os consumidores e alterações de paradigma nos negócios das empresas.

Começando por destacar os muitos desafios tecnológicos para os operadores com esta evolução para o 5G, o CSO da Altice diz que há ainda muito por fazer para "encontrar o equilíbrio entre o que está na cloud e no edge da rede. Tem que se assegurar a ligação do device à plataforma em tempo real e o desafio é manter o cérebro na cloud mas ter a decisão no edge da rede, perto do device", para permitir ligações em tempo real, que vão viabilizar por exemplo os carros autónomos. Mas o 5G tem muito mais potencialidades além da mobilidade. Como o entretenimento, onde o gestor garante que há um potencial de negócio enorme.

Os responsáveis dos operadores destacam ainda o papel relevante que as startups poderão desempenhar no âmbito do 5G, para desenvolver novos negócios inovadores, assentes nomeadamente na realidade aumentada e na realidade virtual. Assim como o desafio da proteção de dados.

Segundo João Nascimento, há dois desafios distintos: o da informação, que tem de ser garantida e protegida nas camadas da conetividade, de sistemas e de aplicações e onde é previso ser muito rápido a detetar e a agir; e o da privacidade dos dados, garantida pelo RGPD. O gestor destaca ainda a necessidade de uma mudança no diálogo entre as empresas e os operadores: "as empresas têm que embarcar na viagem do 5G, identificando os seus problemas para podemos desenvolver as soluções".

Manuel Ramalho Eanes diz mesmo que "o 5G tem um potencial para ter um enorme impacto na economia nacional. Não só trará mais produtividade e eficiência aos negócios, como é também uma oportunidade para que o nosso país possa fazer parte desta revolução como produtor de soluções". Neste âmbito, o papel que os operadores deverão ter será de agregar todas as competências e parceiros para criar um ecossistema em torno da nova geração móvel.
 

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