Evento APDC

14.03
Outras iniciativas



Iniciativa decorreu no âmbito da Futurália

APDC no ‘App Start Up | 1º Edição’

O sistema de ensino terá que passar obrigatoriamente do modelo atual, "que é como há 100 ou 200 anos, em que o professor explica a matéria e os alunos ouvem", para um ensino baseado em projetos, em que os alunos percebem que é preciso saber todas as áreas e porque é que têm que estudar. A mensagem é de Rogério Carapuça, no final a 1º edição da App Start Up, que decorreu no âmbito da Futurália.

Para o presidente da APDC, iniciativas como esta, que teve como objetivo ligar as soluções desenvolvidas pelos alunos das últimas três edições do Apps for Good, projeto do CDI onde a APDC é parceira, com o mercado emergente das mobile apps, contribuem para este movimento de mudança, que já está a acontecer em muitas escolas.

"Vamos ter que ter um ensino diferente, com a ajuda dos professores, e muitos já estão a contribuir com impacto nesse sentido", e com a pressão dos próprios alunos, destacou, salientando que também as empresas terão que criar um contexto diferente para as novas gerações poderem trabalhar. E porque "é preciso estudar a vida toda, aprender coisas novas todos os dias", há que ajudar os alunos a não desistirem deles próprios, estando a APDC empenhada neste processo, nomeadamente através do lançamento da campanha "Não desistas de ti", em colaboração como Governo.

A ‘App Start Up | 1ª Edição' resultou de uma promessa do CDI no âmbito do ‘Apps for Good', um programa educativo liderado pelo CDI e no qual a APDC é parceira, que tem como objetivo fazer emergir uma nova geração de jovens empreendedores que criem soluções tecnológicas inovadoras para resolver problemas sociais. Já está em curso a 4ª edição deste projeto que, até ao momento, contou com a participação de 2.366 alunos e 400 professores de 180 escolas básicas e secundárias de todo o país.

Na App Start UP, decorreu um marketplace com 20 projetos desenvolvidos nas três edições do Apps for Good por alunos do ensino básico e secundário, alguns dos quais com apenas 9 anos. ABC.play, SOS Idosos, our Map, MacroEdu, Party All Time, R's Solidários, DomoSensor, Kisd2Care, eco.play, Cook Wizzard, GESTO, EnoTurismo Douro e Forest foram as apps apresentadas em pichts de 2 minutos, em áreas como a moda, apoio a idosos, turismo, eventos, sensores, reciclagem e incêndios.

No final, foi anunciado o vencedor - a Cook Wizzard, uma app que ajuda pais e alunos na elaboração de refeições, sugerindo receitas a partir dos ingredientes disponíveis - que financiada pela DNS.pt para o seu desenvolvimento profissional.

No âmbito desta iniciativa, decorreu ainda uma ‘Brief talk', moderada por Rute Sousa Vasco, (MadreMedia), onde o tema foi "estamos a educar para o futuro?", nomeadamente para empregos que ainda não foram criados, tecnologias que ainda não foram inventadas e desafios que ainda não antecipámos.

Muito trabalho, criatividade e foco são, para Luísa Gueifão, da DNS.pt, a resposta para garantir o futuro. Até porque as novas gerações, nascidas num mundo digital, são muito mais criativas e querem muito mais ser do que ter, ao contrario das anteriores gerações. Mas há grandes desafios, nomeadamente saber como juntar a inteligência humana com a artificial e como viveremos nu mundo de dados, sabendo retirar deles o que é importante.

As novas competências do século XXI são, na visão de José Vitor Pedroso, da Direção-Geral da Educação, a criatividade, o trabalho em equipa e os valores.  E estas mudanças já estão a chegar à sala de aula, garante, num momento em que a sociedade está também ela em mudança acelerada.

Falar com as pessoas mais velhas e com experiência profissional e ser muito bom no que se faz, seja em que área for, são para Stephan Morais, da Indico Capital Partners, componentes essenciais em termos de educação para o futuro. E onde é necessário ter um maior nível de profundidade.

Filipe Almeida, Portugal Inovação Social, concorda com esta ideia, adiantando que sendo as novas gerações mais "saudavelmente indisciplinadas", elas têm muitos estímulos à sua volta e uma maior dificuldade de concentração. Mas é também uma geração excecional no desenvolvimento aplicacional e criativo, assim como na associação de ideias. Tendo em conta que muitos se escondem atrás da tecnologia, tendo dificuldades de interação, a aposta terá que passar por "aproveitar o que de melhor existe em tecnologia e desenvolver capacidades pessoais e presenciais".

Da sua experiência com os empreendedores, Ricardo Marvão, da Beta-i, salienta sobretudo a ideia de se gostar muito do que se faz. Assim como a importância da criatividade, inovação e inteligência emocional. Stephan Morais vai mais longe, ao dizer que que as novas gerações são muito mais sonhadoras, o que é bem. Mas têm também expetativas muito altas e querem que tudo aconteça no imediato, quando "as coisas bem-feitas demoram a ser feitas". Para este responsável, "o mundo real não se transforma à velocidade do mudo digital".

"Dar um sentido à sua vida e deixar uma marca" são metas que os jovens têm e que para Filipe Almeida os diferencia das gerações anteriores. É que a tecnologia transformou a forma de pensar, criando pessoas com uma consciência mais aberta e ligadas ao mundo. "De nada serve termos liberdade para fazer se não entendermos o mundo. É aí que deve atuar a educação", defende.

Ricardo Marvão não tem dúvidas de que já que fazer um shfit no ensino e educação: "tem que se criar uma cultura diferente, mais empreendedora, com mais arte de improvisar. Cultivando novas skills e não ter apenas o foco na tecnologia", defende. No fundo, como destaca Luísa Gueifão, há que estimular o pensamento diferente. "A capacidade criativa é o que vai diferenciar as pessoas no futuro. Hoje pensamos todos quase da mesma forma e isso é assustador", diz, porque se está a trabalhar as competências digitais esquecendo-se as competências emocionais um "aspeto crítico. Cabe-nos pensar, como educadores, em como dar aos mais jovens um sentido critico", conclui.
 

Programa

14:30
Check-in
15:00
Marketplace e Pitch
16:15
Brief Talk - Estamos a EDUCAR para o futuro?
José Vitor Pedroso, Direção-Geral da Educação
Luísa Gueifão, DNS.pt
Rogério Carapuça, APDC
Ricardo Marvão, Beta-i
17:30
Entrega de Prémios - com Guilherme Geirinhas, Bumerangue

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