"A revolução digital ainda não chegou à Educação e o tempo disponível para nos prepararmos é escasso", alertou o Presidente da APDC na Conferência ‘Educação na Era da Inteligência Artificial: desafios éticos e de liderança'. Para Rogério Carapuça, "estamos perante uma mudança sem precedentes, que será potenciada pela introdução da inteligência artificial. Será uma mudança muito mais rápida e disruptiva".
O líder da APDC falava no âmbito do painel de debate sobre ‘Inteligência Artificial', onde o professor de português Ricardo Cruz, da AE Moita,partilhou a sua experiência e considerou que o papel do professor deve evoluir para o de orientador, treinador e mediador.
Assim, as salas de aula terão de passar a ser espaços de projeto, destinados a resolver desafios e a interpretar soluções. E é imperativo que os estudantes aprendam a utilizar as tecnologias disponíveis na própria escola.
Tendo em conta que a transformação digital está a ocorrer de forma cada vez mais acelerada, ficou claro que será necessário reformular o sistema de ensino num curto espaço de tempo. E quem perder "o comboio da transformação digital, acumulará anos de atraso".
Nesta conferência, o secretário de Estado da Educação, António Leite, considerou na abertura que existem quatro desafios para a Escola: garantir a literária digital para todos; incluir o digital como instrumento de trabalho; evitar que a tecnologia se torne um fim em si mesmo; e combater a ideia de que a tecnologia dispensa ou compensa o contato humano
Esta iniciativa destinou-se a analisar os desafios que se colocam aos diretores das escolas, enquanto líderes estratégicos e aos professores, enquanto agentes educativos, nesta era da IA. Fi organizada pela Direção-Geral da Administração Escolar, que propôs a reflexão, debate e partilha de perspetivas sobre o uso ético da Inteligência Artificial (IA), considerando o potencial que estas tecnologias têm na transformação da Educação.