Evento APDC

26.06
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COVID-19 Digital Reply – Back2Business: Desafios e oportunidades no novo normal

O regresso ao trabalho nas empresas está a ser feito gradual e cuidadosamente, até porque se mantêm múltiplas incertezas quanto à evolução da pandemia. Todas estão a adotar políticas de proteção dos seus trabalhadores, seguindo as recomendações da DGS ou indo até mais além. Ao mesmo tempo, e a velocidades distintas, analisam novos modelos de gestão das pessoas a partir desta experiência de trabalho remoto. O modelo híbrido de prestação de trabalho surge como o mais óbvio, até porque parece ser o preferido dos colaboradores. Neste webinar do ciclo COVID-19 Digital Reply - Back2Business, analisaram-se os "Desafios e oportunidades no novo normal".

Num contexto difícil e desafiante, a Galp teve desde a primeira hora a preocupação de garantir a segurança dos trabalhadores e dos clientes, enquanto teve de garantir a continuidade das operações, nomeadamente no abastecimento de combustíveis e nas estações de serviço. Agora, na nova realidade de desconfinamento, o grupo está a apostar num regresso faseado ao trabalho, até porque o contexto permanece muito incerto e há que ser acompanhado diariamente, garantindo flexibilidade para se poderem implementar as necessárias medidas de mitigação, como refere Alexandra Pinote, Head of Health da Galp.

De acordo com esta responsável, foram definidas três escalas rotativas de regresso, implementadas em todas as equipas, apostando-se em paralelo em medidas de sensibilização e de alerta aos trabalhadores e no fornecimento de kits de proteção individuais testes voluntários. O grupo elaborou também um novo código de conduta, exclusivamente para este contexto.

Na Xerox, ainda se está em teletrabalho, até porque a empresa tinha todas as estruturas preparadas para isso mesmo antes da declaração do Estado de Emergência. Só as pessoas dos serviços técnicos, que dão suporte aos clientes, é que estão fora de casa. O foco tem sido em manter a comunicação com a força de trabalho, para saber como estão as pessoas.

E esta fase não foi complicada, a avaliar pelo survey realizado no final de maio, como avança João Fino, Helping clients to operate, collaborate and communicate more efficiently, da Xerox. 88% gostam do trabalho a partir de casa, 89% conseguiram gerir o trabalho com a componente pessoal e 66% dizem que gostariam de trabalhar num sistema híbrido no futuro. Esse é, aliás, na sua opinião o caminho para o mercado de trabalho, com as empresas a optarem por modelos de gestão das suas pessoas mais flexíveis. No caso da empresa, e tendo em conta que já existia essa flexibilidade, não será difícil de introduzir.

Na tecnológica portuguesa Altitude Software, depois da apreensão inicial em torno do trabalho remoto, por ser uma novidade, o reajustamento foi fácil, até porque o negócio foi facilmente adaptável às novas condições, mantendo-se o desenvolvimento das suas plataformas e o apoio aos clientes. Tiago Ribeiro, Talent & Admin Coordinator (HR), refere que se garantiram os elos de comunicação e a motivação das equipas de uma forma eficiente. Aliás, cita o exemplo do cliente Saúde 24, onde tiveram de aumentar em 48 horas a capacidade da plataforma, dado o elevado número de chamadas, de forma remota.

Nesta fase, pouco mais de uma dezena de pessoas regressaram aos escritórios, que são novos, já que houve mudança de sede, que ocorreu durante o confinamento, e que decorreu sem sobressaltos, permitindo até um reajustamento dos espaços a tudo o que foi necessário para garantir a segurança e higiene. A empresa está agora a avaliar como será feito o regresso do resto da equipa, de cerca de 150 pessoas, o que é feito mensalmente, de acordo com a conjuntura.

Na Konica Minolta, o processo também não foi diferente. Tendo como prioridades salvaguardar a segurança e a saúde dos seus profissionais e garantir a continuidade das operações, a empresa não teve problemas em colocar rapidamente as pessoas em trabalho remoto, mantendo-se apenas as da linha da frente no terreno. E, tendo em conta um survey realizado depois dos cerca de três meses de teletrabalho, percebeu-se que os resultados foram positivos. Com a passagem para Estado de Calamidade, as equipas começaram a regressar de forma faseada aos escritórios, depois de garantidas todas as recomendações da DGS. Metade da equipa já regressou e outra metade mantém-se em trabalho à distância, tendo-se criado um plano detalhado de segurança e acompanhando-se todas as evoluções, refere Patrícia Pereira, Human Resources Director da Konica Minolta.

Utilização de máscara no local de trabalho, leitores de temperatura, medidas de distanciamento, higienização reforçada, entrega de kits de proteção individual, planos de contingência, regras de boas práticas, clean desk policy, disponibilização gratuita de testes, campanhas de sensibilização. São exemplos das apostas que, em maior ou menos amplitude, estas empresas estão a fazer nesta fase.

Por exemplo, na Galp, depois da realização de testes às pessoas de maior risco, estão agora a ser feitos a todos os colaboradores. Já na Xerox, o escritório está preparado para o regresso, mas há ainda que definir de que forma. O objetivo é que as equipas trabalhem de forma colaborativa e isso está a ser conseguido através da sua VPN e das plataformas de comunicação. "Não há nenhuma função que não possa ser feita remotamente. Mas haverá outras preocupações, como o trabalho em equipa e as sinergias. No futuro, o modelo híbrido é o que fará mais sentido. As pessoas serão motivadas de lhe for dada autonomia", assegura João Fino.



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