Evento APDC

18.12
Outras iniciativas



Evento de Renovação do Acordo UPskill - Digital Skills & Jobs

A APDC, o Governo, através do IEFP, e um conjunto de Instituições de Ensino Superior (CCISP - Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa e FCUL - Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa) assinaram hoje a renovação do Acordo no âmbito do Programa UPskill - Digital Skills & Jobs. Assim, serão realizadas mais três edições anuais deste projeto nacional de requalificação de talento para a área das Tecnologias de Informação e Comunicação.
A assinatura deste protocolo permitirá dar continuidade a um programa que se iniciou em 2020 e que já permitiu assegurar a formação especializada a cerca de 1.700 pessoas nas três edições já realizadas. A ambição é continuar a reforçar a formação em áreas tecnológicas de elevada procura no mercado, numa conjuntura em que cresce exponencialmente a procura de recursos humanos especializados nestas áreas. 
Na cerimónia de assinatura da renovação do acordo, as Instituições de Ensino Superior signatárias manifestaram o seu interesse e disponibilidade no sentido de passar a atribuir às formações do programa UPskill um sistema de atribuição de créditos (ECTS), no sentido de facilitar aos formandos que frequentaram o programa a continuidade da sua formação no âmbito do Ensino Superior. 
A renovação deste Acordo reforça o reconhecimento da importância no desenvolvimento de ações de formação inovadoras e na criação de oportunidades de carreira para aqueles em situação de desemprego ou subemprego. 

PARCEIROS DESTACAM SUCESSO DO PROGRAMA

Na sessão de assinatura do Acordo marcaram presença o vice-presidente do IEFP, Bernardo de Sousa, que começou por salientar a relevância da iniciativa, numa "aposta clara no presente e no futuro", tendo em conta a velocidade da mudança e o impacto que evolução tecnológica está a ter na economia e na sociedade. Salientou ainda o papel da APDC, que "desde o início assumiu o sonho com as empresas envolvidas, assim como as instituições de ensino superior e outras que podem ser chamadas a aderir de norte a sul. Até porque queremos que o programa impacte todo o país. Será um desafio para todos, nos próximos três anos, dar resposta ao que são as necessidades do mercado. O UPskill corresponde à ambição das empresas e o IEFP procurará fazer este ajustamento da melhor forma".
Já o presidente da APDC, começou por salientar o fato das parcerias serem fundamentais para o sucesso da iniciativa. "temos parceiros e entidades empenhadas no seu desenvolvimento, que desde a montagem do programa têm sido peças fundamentais". Tendo o programa "características especiais, pois não forma pessoas em abstrato para empregos que possam ou não existir, esta é uma diferença importante". Para Rogério Carapuça, "está a dar-se uma contribuição muito importante para o grande esforço que o país está a fazer", sendo que as próximas edições decorrerão "num contexto económico diferente e muito desafiante, com duas guerras e uma inflação muito alta. É um contexto complexo para este programa, já considerado uma prática europeia de excelência".
Na mesa-redonda que se seguiu, debateu-se o papel das instituições de ensino superior (IES) e como é que o UPskill reforçou o movimento de aproximação das universidades e politécnicos às empresas. Maria Lurdes Rodrigues, reitora do ISCTE, garante que "desde cedo se percebeu a importância do programa, que representa uma enorme oportunidade de qualificação dos mais jovens e de requalificação de quem quer mudar de vida". E considera que o UPskill "faz parte de um movimento mais abrangente que o país tem necessidade de fazer" em termos de formação, já que num cenário em que o PRR aposta forte na formação, há muitas iniciativas que, na sua opinião, é "pouco pensada e em excesso", e muito distantes do objetivo fundamental, da verdadeira requalificação de pessoas. 
"As formações avulsas podem levar a um caminho de desperdício de recursos. O UPskill é um exemplo de uma formação que é suficientemente estruturada para permitir aos formandos ter uma certificação com valor de mercado. E para responder às necessidades deste. Talvez tenhamos alguma coisa a aprender com este exemplo", acrescenta. 
Já Carlos Mata, vice-presidente do IPS - Instituto Politécnico de Setúbal e em representação do CCISP, adianta que o UPskill permitiu um reforço ainda maior das sinergias da rede nacional de politécnicos com as empresas nacionais, fortalecendo a cooperação entre as partes. Por essa via, e para dar resposta ás necessidades do mercado, já foram lançadas várias pós-graduações em temas considerados relevantes, assim como mais Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTeSP). 
Também Luís Carriço, diretor da FCUL, confirma que o UPSkill permitiu "um conjunto de experiências interessantes" e deu resposta a "necessidades que era preciso resolver, com uma estruturação que não se encontra numa série de outras iniciativas que estão a acontecer. O caminho não é formar pessoas a metro para as TIC, mas sim garantir formações estruturadas como esta, que têm futuro". Acresce que este perfil de iniciativas "ajuda a influenciar a forma como as universidades e politécnicos terão de se organizar e ter uma maior aproximação às empresas. Não podem existir universidades que só se preocupam consigo mesmas. Isto vai acabar em breve e programas como este estão a ajudar a levantar a questão, tornando percetível que universidades e empresas têm de trabalhar em conjunto".
 

IES ANALISAM ATRIBUIÇÃO DE CRÉDITOS A FORMANDOS

No sentido de estimular os formandos do UPskill a prosseguirem eventualmente os seus estudos, estas IES mostraram-se disponíveis e abertas para encontrar uma forma de atribuição de créditos (ECTS) pela participação no programa, incentivando à procura de outras qualificações.
Seguiu-se uma conversa entre a Diretora Executiva da APDC, Sandra Fazenda Almeida, e dois dos formandos que participaram na 1ª edição do UPskill. André Santos, que foi contratado pela Capgemini, e David Alvim, que trabalha na Accenture, destacaram a importância desta formação para entrar na área das TIC. Ambos salientaram as ferramentas proporcionadas, que preparam os formandos para ficarem mais autónomos e procurarem em permanência um maior conhecimento, ganhando capacidade para enfrentar novos desafios no domínio das TIC. O que é essencial, tendo em conta que o mercado é muito dinâmico e as tecnologias estão sempre a evoluir.  
A fechar o evento de assinatura da renovação do acordo do UPskill, o secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes, considerou que a iniciativa "responde aos anseios dos formandos, mas também às necessidades reais da economia e sociedade portuguesas, ao permitir acelerar a formação e disponibilizar um contingente de pessoas qualificadas à medida. As empresas foram chamadas desde a primeira hora a identificar as suas necessidades e a construírem conjuntamente com as IES as formações. É isso que torna o programa bem-sucedido e a obter este nível de sucesso". 
E, para o governante, há que "insistir neste paradigma, que assenta o nosso perfil de especialização na produção de produtos e serviços de alto valor económico, forçando a que a economia se mova a um ritmo mais acelerado. Não só nas TIC, mas nos setores tradicionais de emprego intensivo, onde é essencial ter mão-de-obra qualificada". Para este responsável, "o modelo está testado, já mostrou e funcioda. Só temos de agregar as empresas certas para continuar a mobilizar as IES e as pessoas que querem mudar as suas vidas, criando oportunidades para continuar a elevar as qualificações e a capacidade de sermos um país mais próspero e produtivo".
Recorde-se que o UPskill tem âmbito nacional, já que decorre em várias regiões do país. As vagas abertas para formação dão resposta a necessidades concretas de talento, identificadas pelas empresas envolvidas no Programa, atraindo para as áreas envolvidas pessoas desempregadas ou em situação de subemprego, vindas de outras áreas, com o ensino secundário ou o ensino superior.
As empresas não só participam ativamente na fase de formação em IES, através da rede de Politécnicos nacionais, representados pelo seu Conselho Coordenados (CCISP), ou do ISCTE e da FCUL, como assumem o compromisso de realizarem a formação em contexto de trabalho e, no final do processo, contratarem pelo menos 80% dos recursos solicitados. Em regra, a duração da formação em Academia dura seis meses e a formação em contexto de trabalho três meses. A APDC, enquanto associação setorial das TIC, dinamiza, em conjunto com o IEFP, toda a execução do Programa.
Numa conjuntura em que a transformação digital dos negócios, da economia e da sociedade obrigará, cada vez mais, a uma constante requalificação das pessoas, o UPskill assume-se como um exemplo de colaboração estreita entre o tecido empresarial e as organizações públicas, reforçando a capacidade do País em termos de recursos humanos qualificados. Reforça ainda o papel das Instituições de Ensino Superior, como entidades formativas por excelência, ajudando a estreitar a sua ligação ao tecido empresarial e à (re)qualificação das pessoas em áreas concretas e distintivas. 
 

Detalhes do Evento:
Data e hora: 18 de dezembro de 2023, a partir das 9h30
Local: Sede do IEFP - Rua de Xabregas, 52 1949-003 Lisboa
 

 

VÍDEO DO EVENTO

REPORTAGEM FOTOGRÁFICA IEFP

REPORTAGEM FOTOGRÁFICA APDC

 


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