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23.09
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Webmorning APDC

Novos Modelos de Trabalho

O regresso ao trabalho presencial está a acelerar, agora que estamos prestes a alcançar a imunidade de grupo, com 85% dos portugueses vacinados contra a pandemia de Covid-19. Cresce o número de organizações que anunciam modelos de trabalho híbrido ou remoto, repensando os modelos implementados nos últimos anos. As respostas tecnológicas estão disponíveis, mas a adoção das novas práticas tem que ser bem ponderada e preparada, quer em termos de processos, lideranças e negócio, quer das pessoas. É que ‘one size doesn't fits all', como ficou bem claro neste Webmorning APDC sobre "Novos Modelos de Trabalho".

Um estudo realizado em maio deste ano pela Universidade Europeia, sobre "Desafios da Gestão de Pessoas em Trabalho Remoto", evidencia que há uma forte adesão às novas modalidades de trabalho remoto, entendido com "qualquer tipo de regime de trabalho em que os trabalhadores trabalham à distância, fora das instalações do empregador ou de um local fixo, com recurso a tecnologias digitais". Isabel Moço, Coordenadora e Professora Assistente daquela universidade, explica que o trabalho faz um comparativo com outro que decorreu em abril de 2020 e mostra "um elevado nível de satisfação pela experiência".

Mas há também vários desafios a endereçar, a começar pelo aumento da perceção de que o trabalho remoto contribui para elevados níveis de cansaço e aumenta os níveis de stress, numa relação muito direta com o número de horas despendidas. É que "parece haver uma diminuição na tendência para as pessoas estabelecerem um horário de trabalho quando estão em casa", com uma associação direta aos cargos desempenhados e à idade do colaborador: quanto mais se avança na idade, mais se tende a não definir um horário de trabalho. Acrescem as condições em que o trabalho é prestado remotamente, nomeadamente com filhos em casa.

A docente universitária destaca ainda que os entrevistados têm a perceção de que são mais produtivos, apesar de sentirem mais afastados da empresa. Qualidade de vida percebida e reduções dos tempos de deslocações são também citados. Em sentido inverso, sentem-se menos apoiadas e dizem que as relações interpessoais e trabalho estão a ser prejudicadas, assim como as fronteiras entre a esfera da vida pessoal e profissional. "Um dos grandes argumentos para a adoção do trabalho remoto sempre foi a possibilidade de equilíbrio entre vida pessoal e profissional. O que o estudo diz é precisamente o contrário, mas sabemos que as circunstâncias que foram particulares. Por isso, verifica-se uma clara preferência pela opção pelos modelos híbridos", explica.

Para Isabel Moço, a pandemia trouxe ao mundo do trabalho uma fase complexa, em que todos foram obrigados a trabalhar remotamente, tivessem ou não condições passa isso. Seguiu-se um período em que se concluiu que o modelo resultava em termos de produtividade e, neste momento, estamos numa terceira fase em que "empresas e trabalhadores perceberam que é possível e que é uma boa solução".

DECISÕES PONDERADAS PRECISAM-SE
Por isso, assiste-se a "uma proliferação de casos de transição do presencial para remoto ou hibrido", mas alerta que este é o momento de "repensar os modelos de trabalho. É preciso fazer uma wake-up call porque, na verdade, há muitas entidades que estão a precipitar esta transição sem assegurar devidamente as condições. Não só em termos tecnológicos, de processos e de organização, mas também ao nível do bem-estar e da saúde das pessoas".

Garantir "alguma ponderação na adoção das novas práticas" é essencial, porque se deve também ter em conta o próprio trabalhador o seu perfil, com um "mapeamento das características pessoais consideradas importantes para o trabalho remoto, paralelamente ao trabalho em si que é desempenhado", defende.

Há ainda outros temas a ter atenção, até porque a atual legislação é "curta e pouco elástica". Estando o novo enquadramento legal previsto para 2023, e porque falta a moldura legal adequada, é necessário que as empresas tenham atenção questões como os tempos de trabalho, o direito a desligar ou quem assegura as despesas, a manutenção do local de trabalho, as questões de segurança e saúde, mas também de vigilância e de controlo.

E, numa altura em que, no âmbito do Livro Verde sobre o Futuro do Trabalho, se começam a colocar algumas questões sobre o trabalho digno e o crescimento económico, tendo em conta que "as muitas das motivações das empresas para a colocação das pessoas em remoto,", a adoção de um novo modelo de trabalho "deve ser um processo negociado. Não me parece que essa seja a lógica que prevalece. A tecnologia hoje permite os modelos de gestão, mas falta perceber o que isto traz nos impactos nas pessoas e no próprio trabalho", remata.

GARANTIR EXPERIÊNCIA DIFERENTE
Também Claudia Pereira, Business Unit Manager da Axians Portugal, defende que é necessário refletir sobre as aprendizagens dos últimos meses, depois de em março do ano passado ter ocorrido "o evento mais disruptivo das nossas vidas, com impacto direto na forma como todos trabalhamos".

Todos os estudos conhecidos mostram que o mundo do trabalho será definidamente diferente daqui para a frente. Cerca de 53% das organizações estão a redesenhar e a redefinir os seus escritórios e 98% das reuniões já hoje incluem participantes remotos. "A tecnologia está e estará cada vez mais presente, para dar resposta a estes novos modelos de trabalho, de forma a proporcionar uma melhor experiência para todos os trabalhadores. Hoje, mais de metade (52%) ainda considera que esta é uma experiência fragmentada no dia a dia", salienta.

Agora que o regresso ao escritório já está a acontecer para muitos e que se sabe que o trabalho a partir de casa, pelo menos a 100%, nunca foi pensado permanentemente para grande parte dos trabalhadores, há que garantir uma experiência diferente. Até porque "no futuro, é espectável que cada vez mais a colaboração aconteça entre pessoas que estão no escritório e outras que estão remotamente a trabalhar de outro local", diz, defendendo que é preciso que estes tenham a mesma experiência e estejam envolvidos e comprometidos com a organização.

"Os espaços não estão desenhados nem preparados para uma força de trabalho híbrida, o que faz neste contexto que os trabalhadores remotos não tenham a mesma experiência. É necessário endereçar estas temáticas e a tecnologia é um dos meios para nos ajudar com estes desafios. É essencial garantir experiências de colaboração inclusivas", adianta.

A Axians, em parceria com a Cisco, endereça estes desafios de forma integrada. Jose Arada, Business Development Manager da Axians, diz que ambos os grupos têm uma "visão sobre o regresso ao escritório e sobre o modelo de trabalho híbrido que acreditamos seja o futuro". Uma visão que proporciona soluções para uma melhor experiência de quem está a trabalhar remotamente e para um regresso seguro ao escritório, assegurando eficiência no trabalho, privacidade, compliance e gestão transversal das soluções.
Segundo o gestor, para transformar o trabalho remoto numa experiência inovadora e superior, tudo começa pela escolha de uma aplicação de colaboração que permita a colaboração, com voz, vídeo e mensagens e funcionalidades inovadoras. Garantindo a segurança, integridade dos dados e da informação partilhada entre colaboradores e com organizações externas. E permitindo mais produtividade e um melhor balanço entre a vida pessoal e profissional dos colaboradores. É o que a nova solução Webex App disponibiliza ao mercado, garante, já que utiliza a IA, capacidade de traduções até 109 idiomas e partilha de conteúdos imersiva.

Uma "experiência de colaboração inclusiva" que foi detalhada e demonstrada por Craig Tranter, Systems Engineer Manager for CXCs in EMEAR & APJC da Cisco, que mostrou em concreto com a sua demo em que consiste uma experiência de ambiente de trabalho moderno



PROGRAMA

09:30 
Boas-vindas 
Sandra Fazenda Almeida - Diretora Executiva APDC
09:35   
Desafios da Gestão de Pessoas em Trabalho Remoto
09:45  
Regresso ao Escritório 
Claudia Pereira - Business Unit Manager - Modern Work & Collaboration, Axians Portugal
09:55  
Modelo de Trabalho Híbrido 
10:10    
Experiência num Ambiente de Trabalho Moderno
Craig Tranter - Systems Engineer Manager for CXCs in EMEAR & APJC, Cisco
10:25  
Q&A
10:30   
Encerramento


ESTUDO: "DESAFIOS DA GESTÃO DE PESSOAS EM TRABALHO REMOTO 2021"


ORADORES 

  

 

Programa


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