Está a decorrer em Oslo, na Noruega, entre 23 a 27 de setembro, a Oslo Innovation Week. Esta iniciativa inclui mais de 80 eventos focados nas novas tecnologias e soluções sustentáveis para uma economia verde. Serão organizados por diversos intervenientes noruegueses na área das TIC, desde o ecossistema de startps, incubadoras norueguesas e internacionais até aos investidores. A AICEP relizou a 23 de setembro um desses eventos, dedicado às TIC em Portugal, onde contou com a participação da Diretora Executiva da APDC, Sandra Fazenda Almeida.
Este evento da AICEP juntou decisores de alto nível de diversas empresas de tecnologia da Noruega, tornando-se assim um importante hub para networking e oportunidades de negócio e investimento, tendo em conta a necessidade de posicionar Portugal como destino de investimento e de identificar potenciais oportunidades comerciais para empresas portuguesas.
Este seminário ficou-se área de nearshoring e nos setores da economia azul e da Administração Pública, áreas onde foi detetado interesse do mercado. Contou ainda com o apoio da congénere local ‘Innovation Norway', que dirigirá um convite às empresas e entidades norueguesas. Denominado "Partnership Opportunities between Portugal and Norway in Nearshoring, Blue Economy, and IT Public Sector", teve como destinatários empresas e entidades portuguesas (clusters, associações empresariais, centros de I&D, universidades, entre outras) com intervenção no setor das TIC.
A Noruega pretende digitalizar fortemente os seus serviços públicos. Cerca de 50% da atividade do mercado de TIC está atualmente ligada ao setor público. E a indústria apresenta um grande potencial para novas tecnologias aplicadas à aquacultura e pesca, construção naval, portos, mobilidade elétrica, infraestruturas offshore e energia renovável.
O setor das TIC é uma área em que a Noruega se encontra em desvantagem face aos seus vizinhos nórdicos, ocupando o 14.º lugar no ranking anual "World Digital Competitiveness Ranking" de 2023. Em comparação, a Dinamarca ocupa o 4.º lugar, a Suécia o 7.º e a Finlândia o 8.º.
As competências técnicas e a inovação das empresas portuguesas nestes setores são reconhecidas na Noruega, assim como a sua capacidade de oferecer serviços de alta qualidade a um custo competitivo em relação a outros países europeus. Atualmente, a principal concorrência de Portugal vem dos países bálticos, devido ao custo e à sua proximidade à Noruega.