Guilherme d’Oliveira Martins destaca 5G
Secretário de Estado das Infraestruturas em Jantar Reservado
Desenhar o mundo para as próximas gerações implica colaboração, parcerias, investimento e estratégias. Entre os maiores desafios estão os dossiers da nova geração móvel, o 5G, e a mobilidade sustentável e intermodal. O Executivo conta com as empresas para ser desafiado e surpreendido com novas ideias e ações inovadoras e projetos de transformação digital ao serviço dos cidadãos, da sociedade e da economia. "Estamos totalmente disponíveis para, em conjunto, encontrarmos soluções para o país", garantiu o secretário de Estado das Infraestruturas no último jantar reservado APDC.
Guilherme d'Oliveira Martins foi o orador convidado desta iniciativa, cujo objetivo foi o de encontrar novas formas de colaboração e de estreitamento de relações, no âmbito das políticas de modernização e de digitalização que estão a ser desenvolvidas pelo Executivo. O encontro reuniu os líderes das principais empresas das TIC e Media do mercado nacional para uma troca de ideias, de partilha e de reforço da aproximação com o setor público.
Em plena era da digitalização, com tendências como a IoT, inteligência artificial, mobilidade, smart cities, smart jobs e smart cars, o futuro terá obrigatoriamente que passar pela nova geração móvel. O 5G vai responder "aos desafios tecnológicos próprios do século XXI e abrir um conjunto de novas oportunidades, com novos serviços, maiores velocidades e maiores níveis de qualidade", como referiu o Secretário de Estado.
"O futuro imediato será o 5G. O que pergunto é o porquê de tanta agitação em torno do 5G por parte dos operadores", acrescenta, destacando o facto de questionarem os investimentos neste âmbito, quando a nova geração móvel vem responder às crescentes necessidades de largura de banda e proporcionar novas soluções inovadores de AI, conetividade e M2M, assim como aplicações para áreas específicas, com impactos positivos muito grandes.
Admitindo que ainda não se sabe muito bem que modelos de negócio serão possível com o 5G, o governante avança que já se está a revelar uma "tendência para a partilha de risco entre operadores", que na sua ótica faz sentido. É que vem assegurar que "assegurar que os serviços sejam prestados de uma forma eficiente, com infraestruturas rápidas e eficientes, e com todo um conjunto de novos serviços".
Sendo os "desafios muito grandes", podem ser acautelados com o envolvimento de todos os intervenientes, incluindo o setor público. Que, em algumas áreas, pode assumir-se como um ator relevante, "criando sinergias e dando o exemplo, do ponto de vista do investimento público, "sem criar dependências".
"É cada vez mais fundamental ter estratégias e politicas para potenciar o investimento. Assim como definir de condições regulatórias", destaca, deixando claro que estão a ser tomados passos nesse sentido. A consulta publica lançada pela Anacom, em curso, para conhecer o interesse do mercado na disponibilização das faixas de espetro a utilizar, é um dos exemplos. E será fundamental para orientar a estratégia nacional no âmbito europeu.
"O calendário para o 5G é exigente um pouco por toda a Europa, tendo a data final sido fixada em 2025. Mas há oportunidade para os vários estados de criarem um calendário mais exigente e de incentivar os operadores a participar mais intensamente neste processo de mudança", explica o governante. Trata-se de um "processo de novas ideias, de definição de estratégia e de alinhamento de interesses, representando a nova geração móvel "uma oportunidade de cooperação entre os vários atores, incluindo no investimento".
Guilherme d'Oliveira Martins destacou ainda a importância dos desafios da mobilidade, diretamente ligados às comunicações e à tecnologia. Ter um sistema de transportes inteligente e intermodal exige muito mais do que ligações físicas, exige conjugação com asa TIC. Só assim se garantirá que poderão dar resposta às necessidades das novas gerações, garantindo em simultâneo a sua sustentabilidade e descarbonização".
Conjugar os modos de transportes com a digitalização e as comunicações obriga, contudo, a "repensar os transportes e a mobilidade e a operar transformações profundas, com partilha de responsabilidades e de riscos", explica o governante, para quem não há dúvidas que terá que "ser tudo visto de uma forma integrada".
Certo é que há que "desenhar um mundo para as próximas gerações", o que também abrange o tema da inclusão dos mais jovens e dos mais desfavorecidos. Aqui, o governante considera que o Estado tem um papel muito importante. Por isso, conta com as empresas que "nos desafiar e surpreender, propondo ações inovadoras, com projetos de transformação digital ao serviço dos cidadãos, da sociedade e da economia. Estamos totalmente disponíveis para, em conjunto, delinear uma estratégia e encontrar soluções para o país".
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