A Comissão Europeia garante que as instituições da UE estão preparadas e a desempenhar o seu papel na defesa das eleições europeias, que decorrem entre 6 e 9 de junho, contra a desinformação e a manipulação da informação, que pode afetar a democracia europeia.
Em comunicado, a CE refere que sendo as eleições europeias são uma iniciativa emblemática da democracia. Instituições, autoridades, intervenientes da sociedade civil e verificadores de factos, como o Observatório Europeu dos Meios de Comunicação Digitais, a Rede Europeia de Normas de Verificação de Factos e o EUvsDisinfo, detetaram e revelaram inúmeras tentativas de induzir os eleitores em erro com informações manipuladas nos últimos meses.
"Tal como documentado, por exemplo, pelo Observatório Europeu dos Meios de Comunicação Digitais, os intervenientes na desinformação, dentro e fora da EU, procuram minar a integridade do processo eleitoral, a confiança nos processos democráticos em geral e semear a divisão e a polarização nas nossas sociedades", refere a CE. Que cita os dados do Eurobarómetro, segundo o qual 81 % dos cidadãos da UE concordam que notícias ou informações que deturpam a realidade ou mesmo são falsas constituem um problema para a democracia.
"Os intervenientes na desinformação empurraram informações falsas sobre como votar, desencorajaram os cidadãos de votar ou procuraram lançar a divisão e a polarização antes do voto, desviando temas de grande visibilidade ou controversos. Por vezes, estas tentativas de engano consistem na inundação do espaço de informação com uma abundância de informações falsas e enganosas, todas com o objetivo de ocultar o debate público. Muitas vezes, políticos e líderes de topo são alvo de campanhas de manipulação da informação. Várias políticas europeias são frequentemente alvo de desinformação: apoio à Ucrânia, Pacto Ecológico Europeu, migração", acrescenta o comunicado.
Que explica que os intervenientes na desinformação utilizaram redes de contas falsas e meios de comunicação social falsos ou impessoais para manipular o ambiente da informação. As revelações do SEAE e das autoridades nacionais dos estados-membros da UE incluem as operações False Facade, Portal Kombat e Doppelgänger.
Embora existam ameaças, o mesmo acontece com as respostas coletivas da UE. Com base num mandato claro dos dirigentes políticos, as instituições da UE têm vindo a enfrentar há anos o desafio decorrente da manipulação da informação e ingerência por parte de agentes estrangeiros, incluindo a desinformação.
Estes esforços realizam-se em estreita colaboração e coordenação entre as instituições e com a participação de um vasto leque de outras partes interessadas, como os estados-membros da ue, os meios de comunicação social, os verificadores de factos e a sociedade civil, a fim de partilhar pontos de vista, trocar experiências e boas práticas e coordenar as respostas.
Bruxelas explica que a resposta global à desinformação se centra em várias frentes, como desenvolver políticas para reforçar as democracias, tornando mais difícil para os intervenientes na desinformação utilizar as plataformas em linha e proteger os jornalistas e o pluralismo dos meios de comunicação social. E sensibilizar para a desinformação e a nossa preparação e resposta, reforçar a resiliência da sociedade contra a desinformação através da literacia mediática e da verificação de factos e cooperar com outras instituições, autoridades nacionais ou terceiros.
Em resultado do lento crescimento das redes de quinta geração móvel
Considerando haver uma verdadeira corrida ao armamento digital