Bruxelas está preocupada com as novas restrições impostas pelos EUA à exportação de chips de inteligência artificial, que abrangem alguns dos estados-membros da UE, incluindo Portugal. E avança que a Europa "não é um risco para a segurança" dos norte-americanos.
Numa declaração conjunta, a vice-presidente para a Soberania Tecnológica, Henna Virkkunen, e o comissário do Comércio, Maros Sefcovic, adiantam que "é do interesse económico e de segurança dos EUA que a UE compre chips avançados de IA dos EUA sem limitações. Cooperamos estreitamente, particularmente na área da segurança, e representamos uma oportunidade económica para os EUA, não um risco para a segurança".
Ambos garantem que já partilharam as suas preocupações com a atual administração norte-americana, de Joe Biden, e que esperam "colaborar construtivamente" com a nova administração de Donald Trump, que tomará posse em 20 de janeiro.
"Estamos confiantes de que podemos encontrar uma forma de manter uma cadeia de abastecimento transatlântica segura para a tecnologia de IA e supercomputadores, para benefício das nossas empresas e cidadãos de ambos os lados do Atlântico", avançam.
As medidas vão entrar em vigor dentro de 120 dias, dando tempo à nova Administração para fazer as alterações que entender. As restrições não se aplicarão a 18 aliados e parceiros importantes, principalmente Canadá, Alemanha, Reino Unido e Taiwan, mas deixa a maioria dos países numa lista negra, incluindo Brasil, Israel, México, Portugal, Singapura e Arábia Saudita. Estes países poderão comprar o equivalente a 50.000 processadores GPU avançados cada, imite definido para "garantir que a tecnologia americana está disponível para servir governos estrangeiros, prestadores de cuidados de saúde e outros negócios locais", revela uma nota da Casa Branca.
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