O número de ciberataques continua a subir e tudo aponta que este ano dupliquem em relação aos valores de 2023. Com as organizações a terem custos estimados da ordem dos 10 mil milhões de euros. Só os ataques que usam IA generativa cresceram 600% no ano passado. Os números são de um estudo da NTT DATA.
A análise foi realizada pela equipa de Cyber Threat Intelligence da NTT DATA e indica que as tecnologias emergentes fizeram com que o panorama da cibersegurança e a sua evolução tomassem uma nova direção, face ao potencial da inteligência artificial generativa, que está a acelerar as ciberameaças.
A evolução da IA Generativa tem dado aos hackers acesso a ferramentas cada vez mais avançadas para desenvolver malware, ao mesmo tempo que permite aos agentes maliciosos usarem técnicas de engenharia social e de criação de ataques, como roubo de identidade, notícias falsas ou a violação de processos padrão de segurança como o CAPTCHA. E em menos de um ano, contabilizando o período entre o 1º semestre de 2023 e de 2024, o crescimento dos ataques com IA generativa seja da ordem dos 600%.
Espera-se que o número de ciberataques aumente 39% durante o 2º semestre deste ano, duplicando os valores de 2023. Sendo que o custo para as organizações e empresas será de quase 10 mil milhões de euros em 2024.
Para Mauro Almeida, Head of Cybersecurity da NTT DATA Portugal, é necessário que as organizações também usem estas tecnologias para se protegerem. "Os cibercriminosos estão a tirar partido destas novas tecnologias para orquestrar ataques cada vez mais sofisticados e personalizados. O desafio é que o ritmo da digitalização está a ultrapassar significativamente a capacidade de proteção, o que pode afetar atividades essenciais para a sociedade e paralisar uma parte fundamental da atividade socioeconómica. É fundamental sabermos tirar partido destas tecnologias emergentes como ferramentas de proteção das organizações e sociedade", alerta.
O estudo indica que a Europa se destaca, com o maior aumento anual de ciberataques - mais 64% - devido à elevada digitalização da administração pública e ao ambiente regulado. Com uma crescente vulnerabilidade para as organizações.
A prestar pelas grandes plataformas online e pelos seus fornecedores