Uma semana antes da tomada de posse da nova administração Trump, a equipa liderada por Joe Biden avançou com novas regras para a exportação de tecnologias de inteligência artificial. O objetivo é facilitar as vendas a aliados e impedir países adversários, como a China, de terem acesso às inovações norte-americanas. As medidas vão entrar em vigor dentro num timing de 120 dias, para dar tempo à nova administração para fazer as alterações que entender.
As novas regras "tornam mais difícil para os nossos concorrentes escaparem aos nossos controlos de exportação através de contrabando e ligações remotas", como referiu o conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan.
"Os Estados Unidos são hoje os primeiros a nível mundial em inteligência artificial (IA), quer se trate de desenvolvimentos de IA ou de conceber chips especializados em IA e é essencial que isso continue", avançou Gina Raimondo, Secretária do Comércio, em declarações aos jornalistas.
Assim, Washington quer impor novas autorizações para exportações e transferências de chips sofisticados para uma lista alargada de países. Mas há exceções para países aliados, principalmente quando se trata de volumes limitados, em resposta a necessidades das universidades
A China veio criticar as novas normas de exportação norte-americanas sobre IA considerando-as "uma violação flagrante" das regras do comércio internacional. O anúncio "é um novo exemplo da generalização do conceito de segurança nacional e do abuso do controlo das exportações e uma violação flagrante das regras do comércio internacional", considerou o Ministério do Comércio chinês em comunicado.
A dúvida é o que fará agora Donald Trump, quando regressar à Casa Branca para um segundo mandato presidencial. É que se no primeiro mandato pressionou a China com tarifas elevadas, agora conta com o apoio de big techs que estão interessadas em exportar as suas tecnologias.
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