O valor das fusões e aquisições (M&A) nas telecomunicações disparou no primeiro trimestre do ano para quase 21 mil milhões de dólares. Um ano antes, foram de apenas dois mil milhões. Em destaque estão as operações de venda das subsidiárias para Itália e Espanha da britânica Vodafone. As contas são da Bain & Company, no seu mais recente "Telecom M&A: Here Are the Latest Deal Trends Worldwide".
De acordo com o relatório, a operação de maior volume, realizada no1º trimestre do ano, ocorreu na Europa: a compra pela Swisscom da Vodafone Itália por 8,7 mil milhões de dólares, que será fundida com a Fastweb, subsidiária italiana da Swisscom. Já a aquisição da Vodafone Espanha pelo fundo de investimento britânico Zegona ascendeu a 5,3 mil milhões de dólares.
"As empresas de telecomunicações estão a reestruturar as suas carteiras para se concentrarem nos seus mercados-chave, simplificarem as suas operações e melhorarem a gestão da sua dívida. Neste contexto, algumas empresas estão a aproveitar para realizar grandes M&A que lhes permitam diversificar a sua atividade e, no caso das empresas europeias, consolidar a sua posição no mercado. Sublinha-se ainda a importância que as operações transfronteiriças estão a adquirir e a prova disso é que os acordos à escala nacional representaram apenas 28% do valor total das transações nos últimos cinco anos", diz em comunicado Tomás Moreno, sócio da Bain & Company.
Embora o valor do primeiro trimestre de 2024 permaneça abaixo dos 35 mil milhões de dólares registados no último trimestre de 2023, dois terços deste valor resultaram do acordo de 23,3 mil milhões de dólares da Telecom Italia, para vender o seu negócio de rede fixa à KKR. Refere-se que as grandes operações representaram cerca de metade do valor total durante o primeiro trimestre de 2024, que contrasta com o verificado em idêntico período dos dois anos anteriores, quando esta categoria representou menos de um quarto das transações. E que até 2022 os desinvestimentos em infraestruturas dominaram as fusões e aquisições no setor e que, nos últimos anos, esta tendência diminuiu "apesar das elevadas taxas de juro e de outros desafios macroeconómicos".
Em resultado do lento crescimento das redes de quinta geração móvel
Considerando haver uma verdadeira corrida ao armamento digital