A ligação do TikTok à ByteDance está a preocupar cada vez mais as autoridades norte-americanas. Temem que Pequim utilize a rede social para aceder a dados confidenciais ou para manipular a opinião pública. Por isso, Washington pediu à dona da popular rede social, a empresa chinesa ByteDance, que venda as suas ações, para que não seja banida dos Estados Unidos. A notícia é avançada pelo Wall Street Journal (WSJ).
Se as reservas quanto à cada vez mais popular rede social nos Estados Unidos já vêm de longe, até no âmbito das crescentes restrições impostas às empresas controladas por capitias chineses, vistas como uma ameaça à segurança nacional, a situação é agora considerada preocupante. É que o governo americano receia que Pequim utilize a rede social para aceder a dados confidenciais ou para manipular a opinião pública, quando o TikTok está a ficar cada vez mais popular no tempo de utilização por adultos norte-americanos. A Insider Intelligence apontava que no mês passado já tinha superado o YouTube, Twitter, Instagram e Facebook e estava a alcançar a Netflix, detendo já mais de 100 milhões de utilizadores.
Apesar do TikTok ter vindo a negar consecutiva mente essas acusações, elas aumentaram recentemente, com o episódio do balão chinês sobre os EUA, alegadamente para espionagem. O WSJ diz que a Casa Branca fez, através do Comité de Investimento Estrangeiro nos Estados Unidos (CFIUS), órgão governamental responsável por avaliar os riscos de qualquer investimento estrangeiro para a segurança nacional norte-americana, um ultimato ao acionista da rede social. As autoridades norte-americanas não confirmam a informação do WSJ.
O facto é que o TikTok tem desenvolvido muitos esforços para tranquilizar os políticos e o público norte-americano sobre a sua integridade. Mas, recentemente, e seguindo os passos da Comissão Europeia, a Casa Branca determinou que as agências federais devem assegurar que o TikTok esteja fora dos dispositivos móveis oficiais dos seus funcionários, sendo que vários estados e instituições académicas norte-americanas tomaram medidas semelhantes.
Embora a TikTok armazene os dados de utilizadores dos EUA em servidores localizados no país,
já admitiu que os funcionários sedeados na China tiveram acesso a estes, embora sob uma estrutura rígida e limitada, recusando que os dados tenham chegado ao Governo chinês. Entretanto, a empresa desvalorizou as notícias que davam conta de apelos dos Estados Unidos para os proprietários chineses da rede social venderem as ações da aplicação, referindo que isso não ajuda a proteger a segurança nacional norte-americana.
Para a porta-voz da plataforma chinesa, "a melhor forma de lidar com as preocupações sobre a segurança nacional é com a proteção transparente, baseada nos EUA, dos dados e sistemas de utilizadores dos EUA, com monitorização, verificação e controlo robustos de terceiros, que já estamos a implementar".
Fabricante quase não tem concorrência para o fornecimento do mercado
Regras só entrarão em vigor no final de 2025, se o processo acelerar
Gigante lança estudo “Microsoft Governing AI: A Blueprint for the Future”
Administração Biden defende cooperação internacional para resolver desafios globais