A Vodafone obteve receitas de 9 mil milhões de euros entre abril e junho, o 1º trimestre do seu ano fiscal, com um reforço homólogo de 2,8%. O grupo diz que a subida das receitas dos serviços orgânicos foi compensada pelos movimentos cambiais adversos. E que os resultados estão de acordo com o guidance para o ano, marcado pela aposta na transformação.
No total, as receitas de serviços cresceram 5,4%, impulsionadas sobretudo pelos mercados da Turquia e em África, mas acabaram por ser impactadas pelo mercado alemão, afetado por alterações na legislação. A Alemanha, que representa cerca de 37% das vendas de serviços totais, registou um declínio de 1,3% nas receitas de serviços no primeiro trimestre do ano fiscal. No seu segundo maior mercado, o Reino Unido, as receitas de serviços aumentaram 5,7%.
Já o lucro operacional aumentou 42,9% para 1,545 mil milhões de euros, impulsionado principalmente por um ganho de 700 milhões de euros com a venda de uma participação de 18% na Indus Towers.
A Vodafone tem vindo a desinvestir em várias áreas e mercados. Assim, anunciou há poucos dias a venda de mais 10% do capital da Vantage Towers, a empresa de torres móveis que criou, com um encaixe de 1,3 mil milhões de euros. Agora, passou a deter 50% do capital. E iniciou um processo de recompra de ações por dois mil milhões de euros, depois de concretizar em maio a venda da Vodafone Espanha ao fundo britânico Zegona por cinco mil milhões de euros. Espera ainda fechar uma fusão com a Three UK no Reino Unido até o final do ano, ficando com 51% da empresa combinada. Os restantes 49% serão do grupo CK Hutchison.
No comunicado dos resultados, a CEO da Vodafone, Margherita Della Valle, diz que o desempenho no primeiro trimestre fiscal "é consistente" com o guidance para o ano. "Continuamos a apresentar um forte crescimento das receitas em África e na Turquia, enquanto a inflação mais baixa está a abrandar o crescimento das receitas na Europa e a acelerar o crescimento do EBITDA do grupo. As receitas de serviços do grupo cresceram 5,4%, embora na Alemanha tenhamos assistido a uma queda esperada nas receitas de serviço, na sequência do impacto contínuo da alteração da lei da televisão", diz.
Adianta ainda que o grupo continua "a progredir nas transações em Itália e no Reino Unido, bem como na transformação mais ampla da Vodafone, focada na experiência do cliente, no crescimento do negócio e na execução operacional na Alemanha. As ações que estamos a tomar agora irão proporcionar um melhor desempenho e apoiar a recuperação da Vodafone".
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