IA gera transformação e reestruturação do talento nas empresas

2025-05-14

Está em marcha uma profunda transformação no mundo laboral, impulsionada pela integração crescente de agentes de inteligência artificial (IA). Espera-se que a adoção destes agentes poderá crescer 327% nos próximos dois anos, com ganhos estimados de 30% em produtividade e uma redução de 19% nos custos com pessoal. Pelo que as empresas estão já a antecipar esta mudança, com os departamentos de recursos humanos a redesenharem suas estruturas organizacionais. A conclusão é da mais recente pesquisa da Salesforce.
O estudo, que inquiriu 200 executivos de recursos humanos, mostra que a expectativa é que quase um quarto da força de trabalho seja redistribuída internamente, enquanto 61% dos profissionais manterão as suas funções, mas terão de passar a colaborar com agentes digitais.
As conclusões indicam que 80% dos líderes de RH acreditam que num cenário a cinco anos, a força de trabalho seja composta por uma combinação de humanos e agentes digitais. Ainda que só 15% das organizações já tenham implementado plenamente esta tecnologia, o que demonstra o desequilíbrio entre a visão estratégica e a maturidade operacional atual.
A requalificação surge como uma prioridade, uma vez que mais de quatro em cada cinco líderes de RH dizem já ter iniciado ou planeiam iniciar programas de capacitação em IA. Esta preparação não se limita a competências técnicas. As competências interpessoais, como colaboração, gestão de relações e adaptabilidade, ganham nova centralidade num contexto de trabalho híbrido entre humanos e agentes.
Os líderes também apontam que a integração do trabalho digital será uma parte crítica das suas funções, com 86% a assumir essa responsabilidade a curto prazo. A literacia em IA é destacada como a competências mais urgentes, sendo acompanhada por outras capacidades técnicas, como ciência de dados e arquitetura tecnológica.
A redistribuição interna de talentos é encarada como uma solução mais eficiente do que a contratação externa. Para 88% dos responsáveis de RH, esta abordagem representa uma alternativa mais económica e estratégica para preencher funções emergentes no contexto digital.
As áreas de tecnologia da informação, investigação e desenvolvimento e vendas deverão ganhar peso nas empresas que estão a adotar agentes de IA. Os líderes preveem a movimentação de profissionais para estas equipas, à medida que as exigências técnicas crescem com a implementação dos novos sistemas.
Por outro lado, funções mais operacionais, como atendimento ao cliente, operações e finanças, são vistas como áreas que poderão ser reduzidas ou reorganizadas, dado o potencial dos agentes de IA para aumentar a eficiência e automatizar tarefas rotineiras.
No entanto, alerta-se para um défice de consciencialização nas organizações: 73% dos líderes de RH afirmam que os seus colaboradores ainda não compreendem como o trabalho digital afetará as suas funções. Uma lacuna que pode comprometer a aceitação e eficácia das transformações em curso.
 


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