Julgamento histórico pode obrigar Zuckerberg a vender Instagram e WhatsApp

2025-04-16

O império digital de Mark Zuckerberg está ameaçado. Já começou o julgamento da Meta, considerado histórico, que acusa a empresa-mãe do Facebook de monopolizar o mercado das redes sociais, ao adquirir estrategicamente os seus maiores rivais - Instagram, em 2012, e WhatsApp, em 2014 - com o objetivo de eliminar a concorrência. A decisão que sair daqui poderá mudar o panorama das redes sociais nos EUA e no Mundo, já que o fundador do Facebook poderá ser obrigado a vender o Instagram e o WhatsApp.

A Comissão Federal do Comércio dos EUA (FTC), que apresentou a queixa há cinco anos, defende que as aquisições foram planeadas, no sentido de travar o crescimento de potenciais concorrentes e reforçar o domínio da Meta. Em tribunal, foram já citadas mensagens internas de Mark Zuckerberg que indicam que "comprar é melhor do que competir". Este foi chamado a depor no primeiro dia do julgamento e defendeu que os serviços só cresceram devido ao investimento e know-how da Meta.

A tecnológica alega que as compras foram aprovadas pelo regulador na altura e que os consumidores beneficiaram das integrações. A FTC, por sua vez, argumenta que a realidade mudou e que a Meta hoje representa um "poder descontrolado".

Se o tribunal der razão à FTC, o grupo poderá ser forçado a alienar o Instagram e o WhatsApp, reconfigurando por completo o ecossistema digital global. Esta possibilidade levanta também o alerta para outras gigantes tecnológicas - como a Google, Apple e Amazon - que enfrentam processos semelhantes.

Acresce que o julgamento decorre num ambiente politicamente tenso. Donald Trump, que iniciou a investigação durante a sua primeira administração, voltou ao centro das atenções, criticando o juiz do caso e reforçando laços com a Meta, após anos de tensão. Há relatos de contactos diretos entre Trump e Zuckerberg, numa tentativa de negociação de bastidores.

O processo deverá prolongar-se até ao verão e poderá definir novos limites para o poder das big tech, num contexto em que a regulação digital se torna cada vez mais estratégica para a soberania digital e para a proteção da concorrência.


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