A operação portuguesa da Altice terá sido colocada à venda, pela segunda vez em dois anos. E os franceses da Iliad estarão entre os interessados. A notícia foi avançada pelo jornal francês Les Echos, que diz ainda que este é o "ativo mais fácil de vender e de compreender", já que é detido a 100% pela Altice, sendo parte da solução para resolver o endividamento de quase 60 mil milhões de euros que o grupo de Patrick Drahi tem neste momento.
O grupo estará ainda a vender a totalidade, ou parte, dos seus 92 centros de dados em França, avaliados em mil milhões de euros, admitindo-se estar perto de alcançar um acordo com o fundo de infraestruturas da Morgan Stanley, o Morgan Stanley Infrastructure Partners.
Os media franceses avançam ainda que o Banco Lazard foi mandatado para avaliar as opções estratégicas para as atividades da Altice em Portugal, que incluem, para além do MEO (o operador móvel, fixo e de televisão paga), a subsidiária de fibra FastFiber. E avançam com valores da ordem dos 10 mil milhões de euros, pelo menos.
Refere-se ainda que uma eventual aquisição da Meo seria coerente com a estratégia de expansão europeia da Iliad. Depois de ter chegado a Itália e à Polónia, o objetivo do grupo é agora entrar no Top 3 dos maiores operadores europeus. "Se pudermos crescer e comprar um vendedor concorrente, aproveitaremos a oportunidade", adiantava Thomas Reynaud, diretor-geral da Iliad, no final de agosto, no momento da divulgação dos resultados.
A Orange tem também vindo a ser apontada como outro potencial candidato, mas todas as atenções agora viradas para a decisão da CE sobre a planeada fusão da Másmovíl com a Orange em Espanha.
Defendendo que se deve manter como organização sem fins lucrativos