Milionários sobem nos EUA e recuam na Europa e Médio Oriente

2025-06-17

O número de milionários em todo o mundo aumentou 2,6% em 2024, sobretudo graças ao crescimento dos multimilionários em 6,2%, graças ao desempenho dos mercados bolsistas e ao otimismo gerado em torno da IA. O que se refletiu num forte incremento da rentabilidade das suas carteiras de investimento. A conclusão é do World Wealth Report 2025 do Research Institute da Capgemini. Na sua 29ª edição, o estudo mostra ainda que os investimentos alternativos, como as private equity e as criptomoedas, representam agora 15% dos portfólios dos mais ricos do mundo. 
O ambiente favorável das taxas de juro, conjugado com o forte desempenho do mercado bolsista norte-americano, contribuíram para a criação de mais riqueza em 2024. A América do Norte registou os maiores rácios de crescimento, com a população de milionários a subir 7,3%. Em comparação, a Europa, América Latina e Médio Oriente registaram quebras devido aos desafios macroeconómicos que experienciaram neste período.
Assim, os dados mostram que no final de 2024 o número de milionários na Europa registou um decréscimo de 2,1%, devido à estagnação económica registada nos principais países. Reino Unido, França e Alemanha perderam, respetivamente, 14 mil, 21 mil e 41 mil milionários, respetivamente. Mas a população de bilionários europeus aumentou 3,5%, refletindo uma maior concentração da riqueza.
Os EUA destacaram-se dentro dos maiores mercados, com mais 562 mil milionários, tendo registado um crescimento de 7,6%, e atingido uma população total de 7,9 milhões. Na Ásia-Pacífico, a Índia e o Japão tiveram ambos um aumento de 5,6%, com mais 20 mil e 210 mil milionários, respetivamente. A China, por outro lado, teve uma quebra de 1,0%.
As empresas de gestão de patrimónios estão a preparar-se para uma nova era dominada pela transferência das fortunas, que se estima venha a ascender aos 83,5 biliões de dólares nos próximos 20 anos, criando uma geração de novos milionários. O estudo indica que esta transferência ocorrerá em três fases: 30% dos milionários herdarão as suas fortunas até 2030, 63% até 2035 e 84% até 2040.
"Esta grande transferência dos patrimónios será um momento determinante para o setor. Apesar do crescimento global que as fortunas têm registado, 81% dos herdeiros revelaram que planeiam mudar de empresa de gestão de património no prazo de um a dois anos após receberem a herança. Perder estes clientes insatisfeitos representa um risco significativo para o setor", afirma Kartik Ramakrishnan, CEO da Financial Services Strategic Business Unit da Capgemini e Executive Board Member do grupo.
"A nova geração de milionários tem expectativas muito diferentes das dos seus predecessores. É necessário que o setor abandone as estratégias tradicionais para satisfazer as novas necessidades destes clientes. As empresas de gestão de patrimónios/fortunas devem também dotar os seus consultores com os recursos e as competências digitais necessárias, possivelmente suportadas por IA generativa ou IA agêntica, para mitigarem o risco de perder clientes e colaboradores", acrescenta. 
 


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