A Qualcomm acaba de apresentar os processadores AI200 e AI250, destinados a acelerar tarefas de inferência em data centers e reduzir o consumo de energia. Os dois novos chips de IA representam uma viragem na estratégia do grupo e uma tentativa de ganhar espaço num mercado que é controlado em cerca de 90% pela Nvidia.
Se até agora a fabricante se tem concentrado na produção de processadores móveis e componentes de telecomunicações, agora, a Qualcomm quer entrar nos data centers e no mercado de infraestrutura de IA, ampliando a concorrência com gigantes como a Nvidia e a AMD.
E os primeiros chips já têm data para serem lançados, já que o AI200 ficará disponível durante o próximo ano e o AI250 será lançado em 2027. O objetivo a partir daí será avançar com novas propostas todos os anos. O plano passa por vender chips individuais, mas também por os integrar em servidores de inteligência para data centers, já com dezenas de chips instalados.
"A nossa ampla plataforma de software e o suporte ao ecossistema aberto tornam mais fácil do que nunca para os programadores e empresas integrarem, gerirem e dimensionarem modelos de IA já treinados nas nossas soluções otimizadas de inferência de IA", afirma Durga Malladi, vice-presidente sénior da Qualcomm.
Na sequência deste anúncio, as ações da Qualcomm dispararam mais de 18%, com a fabricante de processadores para smartphones a apanhar de surpresa o mercado com estes novos chips.
E a Qualcomm também já assegurou um cliente: a startup saudita Humain, controlada pelo fundo soberano saudita, que planeia instalar 200 MW de capacidade de computação assente nestes novos chips a partir do próximo ano.
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