Redes do futuro ganham terreno nos países da OCDE

2024-07-25

A construção das chamadas ‘redes do futuro', tecnologias de banda larga como a fibra ótica e as redes móveis 5G, estão a crescer rapidamente entre os países da OCDE. Respondendo desta forma à procura cada vez maior de conetividade de alta qualidade, acessível e omnipresente. As ligações de fibra já representam 42% do total de subscrições de banda larga fixa e as ligações 5G 28% das ligações de banda larga móvel. 
Os dados são da OCDE no seu mais recente relatório, relativo a 2023, e mostram uma evolução face aos 38% e 9%, respetivamente, registados no final de 2022.

Desde a COVID, o total de ligações de fibra nos países da OCDE aumentou 73%: passou de 122 milhões em dezembro de 2019 para 211 milhões no final de 2023. Os países com a maior percentagem de ligações de fibra no total da banda larga fixa eram a Coreia (89,6%), seguida da Islândia (89%), Espanha (86%), Lituânia (80%) e Japão (79%). O relatório considera a fibra "crucial para redes preparadas para o futuro que apoiam a transformação digital, uma vez que oferece velocidades simétricas de carregamento e descarregamento, escalabilidade e ajuda a suportar redes móveis 5G".

Esta transição para um acesso em banda larga preparado para o futuro exige o encerramento das antigas redes de cobre, como o DSL. O que está, efetivamente, a acontecer. Em toda a OCDE, a percentagem de assinaturas DSL diminuiu significativamente em quatro anos, passando de 33% do total de assinaturas de banda larga fixa em 2019 para 20% no final de 2023.

Os países membros da OCDE na América Latina - como o Chile, a Colômbia, a Costa Rica e o México - aceleraram a sua transição para redes preparadas para o futuro.  Nos últimos quatro anos, registaram um aumento de 258% nas ligações de fibra ótica, enquanto as antigas assinaturas DSL diminuíram 66%. Os membros nórdicos da OCDE, como a Dinamarca, a Finlândia, a Islândia, a Noruega e a Suécia, que iniciaram esta mudança tecnológica há cerca de oito anos, registaram uma taxa de crescimento de 36% na fibra e um declínio de 77% na DSL durante o mesmo período (2019-23).

Apesar das taxas de penetração já elevadas, as subscrições de banda larga móvel também cresceram, aumentando 19% entre 2019 e 2023, atingindo 1,86 mil milhões de subscrições em dezembro de 2023. Quatro anos antes, eram 1,56 mil milhões. O Japão e os Estados Unidos lideram a penetração da banda larga móvel, com 203,5 e 190 assinaturas por 100 habitantes, respetivamente, seguidos de perto pela Estónia e pela Finlândia, com 176 e 160 assinaturas por 100 habitantes, respetivamente. Este crescimento deve-se provavelmente a um aumento das implantações de 5G em toda a OCDE, que estão agora presentes em 37 dos 38 países da OCDE.

Regista-se uma procura crescente de ofertas de banda larga de alta qualidade em toda a OCDE. Em quatro anos, a quota de ofertas Gigabit mais do que triplicou, atingindo 14% das assinaturas de banda larga fixa em dezembro de 2023, contra 4% no final de 2019. Esta situação reflete-se na utilização de dados móveis: o consumo médio mensal de dados por subscrição de banda larga móvel aumentou 20% em apenas um ano e mais do que duplicou nos últimos quatro anos (2019-23), passando de 6 para 13 GB. 

No total, as assinaturas de banda larga fixa fixaram-se no final de 2023 em 496,5 milhões, com uma média de 36 assinaturas por 100 habitantes. O que representa um aumento de 63 milhões, ou seja, 15% desde o final de 2019. A França lidera as taxas de penetração, com 47 assinaturas por 100 habitantes, seguida de perto pela Coreia (46,6), Suíça (46,2) e Noruega (46).

Refere-se ainda que o acesso fixo sem fios (FWA) está a emergir como uma solução de conetividade em zonas escassamente povoadas e remotas devido aos seus custos de implantação mais baixos. Embora as subscrições de FWA representem uns modestos 5% do total de subscrições de banda larga fixa nos países da OCDE, alguns países apresentavam taxas de adoção notavelmente elevadas no final de 2023: A Chéquia com 39%, a República Eslovaca com 23%, a Nova Zelândia com 19% e a Estónia com 18%.

 

 

 


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