Um grupo de empresas britânicas avançou com um processo em tribunal contra a Microsoft. Acusa a gigante tecnológica de práticas anticoncorrenciais no negócio da computação na cloud. A ação, no valor de mil milhões de libras (1,21 mil milhões de euros) alega que a big tech cobra um valor exagerado às empresas pelo software do Windows Server quando eram clientes de plataformas rivais de cloud,
O processo, aberto no Tribunal de Apelação da Concorrência do Reino Unido, alega que os clientes da AWS, Google Cloud Platform e Alibaba Cloud tiveram que pagar taxas mais altas para usar o software da Microsoft, em comparação com os clientes de seu próprio serviço de computação em nuvem Azure. Pede-se ainda que a autoridade da concorrência investigue as práticas da Microsoft na cloud, que é atualmente uma parte essencial de suporte aos negócios, onde são guardados dados vitais.
A Europa tem chamado a atenção para as práticas dos gigantes da computação cloud. Em outubro de 2023, a Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA) do Reino Unido lançou uma investigação neste âmbito, depois de uma indicação do regulador de comunicações Ofcom, após seu próprio estudo de abril de 2023, que sinalizou preocupações com o mercado, particularmente com as práticas da Amazon e da Microsoft.
O problema apontado diz respeito à forma como a Microsoft licencia a sua plataforma Azure e os acordos realizados com outros fornecedores alternativos, como a Amazon e a Google, que licenciam o software da dona do Windows. Em junho, a Google disse ao CMA que acreditava que as práticas de licenciamento da Microsoft aumentavam os custos dos seus concorrentes, como enfraquece a capacidade de competir com uma proporção significante das necessidades dos clientes. A Microsoft sempre negou esse posicionamento, referindo que os seus termos de licenciamento não aumentavam significativamente os custos dos seus concorrentes da cloud.