A Autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido (CMA) iniciou uma investigação formal ao acordo entre a Microsoft e a Inflection AI. Quer verificar que esta parceria constitui, na prática, uma fusão e se poderá ter um impacto negativo no setor tecnológico. Este desenvolvimento marca mais um capítulo na relação complexa entre o regulador britânico e a gigante tecnológica americana.
A investigação atual centra-se no acordo anunciado já este ano entre a Microsoft e a Inflection AI, com a big tech a comprometer-se a investir 650 milhões de dólares na Inflection AI em troca de licenciamento de software e a transferência de parte do pessoal da Inflection AI para a Microsoft. O que poderá ser uma fusão disfarçada.
Antes do acordo, a Inflection AI estava a preparar o lançamento de um chatbot chamado PI, que iria competir com soluções de IA, como o Copilot da Microsoft, o ChatGPT e o Gemini, da Google. Mas depois desta aproximação, a empresa passou a centrar-se no mercado empresarial e transferiu grande parte do talento para a Microsoft. Mais: Mustafa Suleyman, que era CEO da Inflection AI, passou a ocupar um cargo de liderança na área de IA na Microsoft, levando consigo a maioria dos colaboradores.
A CMA abriu a 16 de julho uma investigação oficial, depois de tomar medidas preliminares. Caso seja considerado uma fusão, avaliará se o acordo poderá resultar numa diminuição da concorrência no mercado. A decisão final sobre se o acordo será aprovado pela CMA ou se a investigação avançará para uma nova fase de escrutínio mais rigoroso será conhecida a 11 de setembro.
Já anteriormente, a Microsoft tinha visto a CMA fazer um longo e detalhado escrutínio à compra da Activision Blizzard, negócio avaliado em 69 mil milhões de dólares. O processo, que envolveu várias fases de investigação e negociações, resultou num acordo, mas levantou várias questões sobre a concentração de poder no mercado dos videojogos.
Manifestando algumas preocupações em torno as conclusões e medidas propostas
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