Tecnologia e transição energética são essenciais para a competitividade da UE

2023-11-29

A Europa está muito aquém dos Estados Unidos em termos de crescimento económico à décadas, o aumento da produtividade situa-se abaixo dos seus pares e a UE representa apenas 18% do PIB Mundial, quando em 1995 era de 27%. O diagnóstico é do World Economic Forum (WEF), que considera que os esforços para inverter este declínio terão de passar pela tecnologia, energia, capital e as competências, como base comum nas três áreas.

Analisando os progressos europeus nas mais variadas áreas, a avaliação do WEF não é positiva. Assim, e apesar de alguns dos computadores mais poderosos do mundo terem nascido na Europa, como o LUMI na Finlândia e o Leonardo na Itália, esta representa a menor percentagem dos 500 melhores computadores a nível mundial.

Mas a corrida à computação, poderá inverter a situação rapidamente, à medida que os investimentos direcionados compensam. Acresce que o número relativo de licenciados em STEM, incluindo ciências da computação, engenheiros e profissionais específicos da IA poderá ajudar na avaliação do nível de preparação de competências do espaço europeu.

Refere-se ainda que a investigação europeia de topo em de IA e em ciências da computação está concentrada fora do mercado único, no Reino Unido ou na Suíça. Sendo que à escala global, os departamentos de investigação com melhor classificação em IA e ciências da computação estão nos EUA e China.

Destaca-se ainda que o investimento europeu em IA também está atrás de outras regiões, mesmo nas despesas específicas dos governos. Na UE, o investimento público em IA é mais significativo no Luxemburgo e Eslovénia, seguidos de perto pela Alemanha, França e Itália. Subsistindo o problema da aversão ao risco, a lacuna no investimento privado é de maior dimensão. Pelo que, para aumentar os investimentos em tecnologias emergentes, será essencial a intensificação dos esforços neste domínio.

Os baixos níveis de investimento, a menor disponibilidade de profissionais qualificados e o número menor de instituições de investigação de topo têm ainda como consequência um número de startups e unicórnios na área da IA, assim como nas patentes e citações académicas. Mas há alguns sinais de que os estados-membros estão cientes destas preocupações: por exemplo, em França, foram anunciados 7 mil milhões de euros para investimentos tecnológicos, que serão redirecionados através de investidores institucionais para inovação e start-ups tecnológicas.

No que respeita à regulação da IA, que a Europa está a tentar liderar, baseando-se numa abordagem assente no risco, o WEF diz que isto não deverá ser feito à custa das taxas de inovação. A criação de "sandboxes regulamentares" podem facilitar o financiamento das empresas, a entrada no mercado e aumentar a velocidade de entrada no mercado, reduzindo os custos administrativos e de transação.
 


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