Trump avisa que isenção sobre bens eletrónicos é transitória

2025-04-16

O entusiasmo geral em torno da decisão de Trump de recuar na decisão de aplicar tarifas aos bens eletrónicos, como smartphones e portáteis, que beneficiaria tecnológicas como a Apple ou a Microsoft, foi ‘sol de pouca dura'. É que o Presidente norte-americano já sinalizou que a isenção das tarifas de importação sobre smartphones, computadores portáteis, chips e outros produtos eletrónicos chineses será de curta duração. E diz ter planos para uma nova "tarifa especial", a entrar em vigor nos próximos dois meses.

A isenção, formalizada pela Agência de Alfândegas e Proteção das Fronteiras dos EUA (CBP), exclui uma série de produtos de tarifas que podiam atingir até 125%. Entre os bens poupados estão também máquinas de produção de semicondutores, televisores, tablets e computadores de secretária, numa decisão que beneficiou diretamente gigantes tecnológicas como Apple, Samsung, HP e Microsoft, altamente dependentes da cadeia de produção asiática.

Mas Trump depressa veio afirmar que "não houve nenhuma ‘exceção' tarifária", esclarecendo que os produtos isentos estão apenas a transitar para uma nova categoria de sanções. E voltou a colocar a tónica na soberania económica e segurança nacional dos EUA: "Não seremos reféns de outros países, especialmente nações comerciais hostis como a China", declarou na plataforma, a Truth Social.

Apesar do impulso inicial nos mercados, os comentários de Trump voltaram a lançar incerteza. Apple e Nvidia, entre outras empresas tecnológicas, viram as suas ações valorizar após a suspensão, mas enfrentam agora novas dúvidas sobre o futuro das suas operações globais.

A resposta chinesa também não se fez esperar. O Ministério do Comércio de Pequim considerou a suspensão como um "pequeno passo" e exigiu o fim da guerra comercial, rejeitando quaisquer futuras escaladas. Por seu lado, senadores democratas norte-americanos levantaram suspeitas sobre uma eventual manipulação bolsista por parte de Trump, pedindo uma investigação formal.

Com as tarifas recíprocas entre EUA e China a atingirem 145% e 125% respetivamente, o cenário de uma escalada continua iminente. As tensões, que pareciam dar tréguas, estão longe de acalmar - e a tecnologia permanece no epicentro deste conflito de superpotências.
 


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