Donald Trump decidiu dar mais 75 dias para a chinesa ByteDance encontrar um comprador para a operação norte-americana da TikTok. O prazo terminava a 5 de abril, mas a plataforma pode funcionar durante o novo prazo, dando tempo à Administração para encontrar um novo proprietário americano.
A ordem executiva foi anunciada quando os funcionários da Casa Branca acreditavam que estavam a aproximar-se de um acordo para que as operações da TikTok fossem transformadas numa nova empresa, com sede nos EUA e detida e operada por uma maioria de investidores americanos. O formato permitia ainda que os atuais proprietários, os chineses da ByteDance, mantivessem uma posição minoritária.
Contudo, Pequim terá travado o acordo, depois de Trump ter anunciado a imposição de tarifas aduaneiras em todo o mundo, incluindo contra a China, neste caso de 34%. Representantes da ByteDance terão ligado à Casa Branca para indicar que a China não aprovaria o acordo, enquanto não se negociasse uma solução nas tarifas.
Recorde-se que o Congresso dos EUA exigiu no ano passado que a plataforma fosse vendida até 19 de janeiro último, sob pena de ser proibida nos EUA por razões de segurança nacional. Assim que tomou posse, Trump avançou unilateralmente para alargar o prazo até 5 de abril, enquanto procurava negociar um acordo para a manter em funcionamento. E terá recebido recentemente várias ofertas de empresas norte-americanas que procuram comprar uma parte do popular site de redes sociais, incluindo da Amazon.
Um porta-voz da ByteDance confirmou em comunicado que a empresa tem estado a discutir uma "potencial solução" com o governo dos EUA, mas referiu que o "acordo não foi executado. Há questões fundamentais a serem resolvidas. Qualquer acordo estará sujeito à aprovação da lei chinesa".
