A Administração Trump proibiu a Nvidia de vender livremente os seus chips H20 na China. Para o fazer, terá de obter uma licença, estando esta restrição em vigor por tempo indefinido. A decisão vai provocar um rombo nas contas da gigante de semicondutores estimado e mais de 5,5 mil milhões de dólares só num trimestre.
Em comunicado aos investidores, a NVidia diz ter sido informada pelo Governo dos EUA, a 9 de abril, de que iria passar a ser necessário obter uma licença para poder exportar processadores H20, ou outros que com as mesmas capacidades, para a China, Hong Kong e Macau, entre outras geografias. A justificação dada é que se teme que estes produtos "possam ser usados" ou sejam "desviados" para "um supercomputador" na China. A gigante de chips de IA foi ainda informada que a restrição passou a estar em vigor por "tempo indefinido".
A tecnológica estima um impacto de cerca de 5,5 mil milhões de dólares" só nos resultados financeiros do primeiro trimestre, devido a "produtos para inventário, compromissos de compra e reservas relacionadas", que ficam agora severamente condicionadas.
A decisão de impedir a Nvidia de vender processadores H20 na China - cada unidade custará cerca de 12 mil dólares - revela que Donald Trump deverá continuará a apertar o controlo a uma indústria considerada estratégica e sensível. E os mercados reagiram de imediato, com uma quebra das ações da NVidia da ordem dos 7%.
De acordo com a Bloomberg, os processadores H20 são menos potentes do que os H100 e H200, estes últimos os topo de gama da marca, que alimentam os mais avançados data centers focados no desenvolvimento de modelos de IA. Mas são capazes de dar resposta, inclusivamente na inferência da IA, a parte do processamento em que os modelos são efetivamente usados para produzir resultados, depois de terem sido treinados e ajustados.
Devendo com este novo financiamento passar a valor 14 mil milhões