UE e EUA acabam de renovar por mais três anos o acordo de cooperação na identificação de perturbações no setor de semicondutores. Especialmente no que diz respeito aos principais chips legacy da China. Assim, vão partilhar informações de mercado sobre políticas e práticas não mercantis que consideram que prevalecem na China, assim como coordenar eventuais ações planeadas para resolver as disrupções na cadeia de abastecimento global.
As duas potências reuniram-se, no âmbito do Conselho de Comércio e Tecnologia, e emitiram uma declaração conjunta sobre o acordo. Como referiu Margrethe Vestager, vice-presidente da Comissão Europeia, foram dados os "os próximos passos" em relação aos semicondutores legacy.
De acordo com Gina Raimondo, secretária de Comércio dos EUA, a China produz cerca de 60% dos chips legacy, que podem ser encontrados em carros, eletrodomésticos e dispositivos médicos, e continuará a fazê-lo nos próximos anos. "Sabemos que há um subsídio massivo a esta indústria, em nome do governo chinês, o que poderia levar a uma enorme distorção do mercado. E é por isso que estamos focados nisto", referiu.
Destacou ainda que o Departamento do Comércio lançou um inquérito para a avaliação da perturbação do mercado de semicondutores e que a UE encetará uma iniciativa semelhante em breve, estando ambos os parceiros dispostos a partilhar os seus resultados respetivos.
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