Bruxelas acaba de anunciar a disponibilização de 500 milhões de euros, no âmbito de uma estratégia para atrair investigadores estrangeiros para o continente europeu, que denominou "Choose Europe". A meta é alocar essa verba até 2027, com vista a alcançar um investimento de 3% do PIB em tecnologia. Segundo Ursula von der Leyen, pretende-se "fazer da Europa um polo de atração para os investigadores".
"Queremos que a Europa continue a estar na vanguarda da investigação fundamental, que seja líder em tecnologias prioritárias, da IA à quântica, do espaço, dos semicondutores e da microeletrónica à saúde digital, à genómica e à biotecnologia. Queremos que os cientistas, investigadores, académicos e trabalhadores altamente qualificados escolham a Europa e é por isso que hoje apresento os primeiros elementos da nossa iniciativa 'Choose Europe", disse a presidente da Comissão Europeia na Conferência Europeia para a Ciência, que decorreu na Universidade de Sorbonne, em Paris.
Esta aposta surge numa altura em que a UE se quer tornar mais competitiva face a concorrentes, como Estados Unidos ou China, sendo que "a primeira prioridade é garantir que a ciência na Europa continue a ser aberta e livre". Para a líder da CE, "devemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para o defender, agora mais do que nunca. Queremos reforçar a livre circulação do conhecimento e dos dados em toda a Europa, tal como fazemos com as mercadorias, os talentos e os capitais no nosso mercado único. E queremos consagrar na lei a liberdade de investigação científica numa nova Lei do Espaço Europeu da Investigação".
Bruxelas defende ainda "subsídios mais elevados e contratos mais longos", para atrair os trabalhadores altamente qualificados estrangeiros, especialistas em tecnologias inovadoras. A médio e longo prazo o objetivo é que os estados-membros da UE aloquem 3% do seu Produto Interno Bruto (PIB) a investimento em investigação e desenvolvimento até 2030.
"Apresentaremos propostas ambiciosas sobre o financiamento da investigação e da inovação no próximo orçamento de longo prazo porque sabemos que um investimento na ciência é um investimento no nosso futuro", concluiu.
Devendo com este novo financiamento passar a valor 14 mil milhões