A utilização do 5G está a disparar entre os subscritores de redes móveis, à medida que a a cobertura dos operadores se alargou a praticamente todo o país. No final do ano passado, já eram 4,1 milhões os clientes de internet móvel através destas redes, o que corresponde a um reforço de 77,8% face a 2023. Destes, a quase totalidade - 99,1% - tinham acesso através do telemóvel.
Os números são da Anacom, que reportam ao 4º trimestre do ano passado, indicam ainda que o 5G era já usado por 31,7% dos utilizadores de serviços móveis. E que a taxa de penetração de acessos à internet móvel através de 5G atingiu os 38,7 por 100 habitantes. O regulador estima que o tráfego cursados através de redes 5G representou cerca de 20,2% do total de tráfego de dados móveis, atingindo os 7,3 GB mensais por utilizador de Internet móvel 5G.
No total, a taxa de penetração do serviço móvel ficou em 175,9 por 100 habitantes. Considerando-se apenas os acessos móveis com utilização efetiva (excluindo M2M), a taxa de penetração ficou nos 127,6 e se forem excluídos os acessos afetos a serviços de dados e acesso à internet (cartões associados a PC/tablet/pen/router), a taxa ficou nos 121,6 por 100 habitantes. Já em termos de acessos móveis comercializados em conjunto com serviços fixos, em pacotes convergentes, a taxa de penetração ficou em 60,6 por 100 habitantes.
Os números do regulador indicam que número de acessos móveis habilitados a utilizar serviços móveis ficou nos 18,7 milhões, sendo que 13,6 milhões (72,5% do total) foram efetivamente utilizados. Excluindo o número de acessos afetos a PC/tablet/pen/router), o número de acessos móveis ascendeu a 12,9 milhões.
A adesão aos planos pós-pagos e híbridos, que aumentou 6,5% face a período homólogo, representando 72,8% do total de acessos efetivamente utilizados, explica o aumento de 14 mil assinantes, apesar da quebra de 13,7% na adesão aos planos pré-pagos. Do total de subscritores, 21,2% apenas acedeu aos serviços de voz, enquanto 74,1% acedeu aos serviços de voz e internet. Já cerca de 4,6% dos utilizadores acedeu apenas à internet, através de PC/tablet/pen/router.
Quase metade dos acessos móveis (49,6%) utilizavam no final do ano passado tecnologia 4G, enquanto 31,7% usavam 5G e 10,7% a rede 2G+3G. Estes eram utilizados quase só para serviços de voz (70,1%),.
A ANACOM explica ainda que os acessos móveis de utilizadores particulares representavam 81,3% do total de acessos ativos, enquanto os acessos de utilizadores empresariais representavam 18,7%. E que o tráfego de voz móvel, em minutos, diminuiu 1,1%, ficando o número de minutos de conversação por acesso de voz móvel em 211 minutos, em média por mês, ou seja, 7 minutos por dia. Em comparação com o ano anterior, o tráfego médio mensal diminuiu 3 minutos (-1,5%). Já o tráfego de acesso à internet em banda larga móvel (BLM) aumentou 25,4%, graças ao aumento do número de utilizadores e, sobretudo, da intensidade de utilização do serviço. Cada utilizador de BLM consumiu, em média, 12,7 GB por mês. O tráfego médio mensal gerado por PC/tablet/pen/router) atingiu os 37,5 GB (+13,8%).
A MEO manteve-se como o prestador líder do mercado, com 36,9% dos acessos móveis ativos com utilização efetiva (excluindo M2M). Seguida da NOS (30,6%) e Vodafone (28,0%). DIGI/NOWO e Lycamobile tinham quotas de 2,5% e 2,0%, respetivamente. Já em termos de subscritores de acesso à internet em banda móvel, a quota da MEO foi de 35,5%, seguida da NOS (33,0%), Vodafone (27,1%), DIGI / NOWO (2,9%) e Lycamobile (1,6%). Mas em termos de tráfego de internet em banda larga móvel, é a NOS que lidera em termos de quota (37%), seguida da Vodafone (34,2%) e MEO (27,4%).