Cerca de 92% das famílias portuguesas tinham no ano passado acesso a pelo menos um tipo de serviço fixo de telecomunicações. Sendo que 86% tinha um pacote de serviços de telecomunicações. Nestas, o serviço de televisão paga era o mais procurado (88%), seguida do acesso à internet em local fixo (84%), do serviço de telefono fixo (81%) e da banda larga móvel (50%). Este é o ‘retrato' do consumidor residencial de comunicações eletrónicas, de acordo com um relatório da Anacom.
Denominado exatamente "O consumidor de comunicações eletrónicas", o relatório mostra ainda quais os maiores entraves à utilização dos serviços nas famílias portuguesas. Assim, e no que se refere ao serviço fixo telefónico, a explicação assenta na substituição do fixo pelo móvel, sento que 75,6% utilizam telemóvel. Já a não utilização da televisão paga está ligada sobretudo a motivos financeiros: 38,7% referiu ser um serviço demasiado dispêndios. Mas também à não utilidade do serviço- 29,3% mencionou que os canais não pagos são suficientes e 20,1% referiram que não têm tempo ou não têm hábito de ver televisão.
Relativamente ao principal motivo para as famílias não terem acesso à internet, as razões dadas estão relacionadas com a literacia digital - não sabe utilizar (45,2%)- seguido de razões monetárias associadas ao custo elevado do acesso e do equipamento (16,4% e 9,7%, respetivamente). A não utilidade do serviço foi também mencionada enquanto barreira à sua utilização (16,1%).
O estudo refere ainda que existe uma maior tendência para a população com idades mais elevadas nunca ter utilizado o serviço de acesso à internet ou não ter tv paga. A não utilização do telefone fixo tende a ser também mais expressiva entre a população com mais de 65 anos. Por outro lado, as famílias com rendimentos mais baixos registaram uma maior taxa de não utilização de serviços de comunicações eletrónicas, atingindo 24,9% no caso do STF, 16,7% no caso da TVS e 16,8% no caso do SAI.
Já no segmento empresarial, a penetração do acesso à internet (fixo e móvel) entre as microempresas foi de 87,8% e no caso das pequenas empresas de 96,6%, segundo a Comissão Europeia, com base no inquérito amostral Information and Communication Technologies Usage in Enterprises. A quase totalidade das médias e grandes empresas tinham serviço de acesso à internet.
Entre as empresas com 10 ou mais pessoas ao serviço, a penetração de banda larga fixa foi de 95,0% (1,1 p.p. acima da média da UE27). Na banda larga móvel, dados de 2022 evidenciaram que cerca de 69,9% das microempresas e 85,8% das empresas com 10 ou mais pessoas ao serviço disponibilizava dispositivos portáteis aos seus trabalhadores permitindo uma ligação móvel à Internet para fins profissionais. O crescimento anual da penetração foi mais notório nas microempresas (+20,6 p.p.) e as empresas com 10 ou mais pessoas ao serviço verificaram o maior aumento anual da última década (+15,2 p.p.).
Accenture, Inetum e Milestone foram reconhecidas com os SAP PKOM Awards