Bruxelas financia projeto português de produção de baterias de lítio

2025-11-04

A Comissão Europeia selecionou um projeto português de construção de uma fábrica de baterias de lítio para financiamento, no âmbito da aposta na redução das emissões de dióxido de carbono (CO2). O NEXTGEN CAM, que será uma unidade industrial pioneira neste tipo de produção, contribuindo para a cadeia de valor europeia das baterias e para a transição energética, está entre os 61 projetos de tecnologia de ponta de impacto zero que vão beneficiar de um pacote de 2,9 mil milhões de euros.

Em comunicado, Bruxelas diz que o NEXTGEN CAM se dedica à produção de material ativo de cátodo LNMO (óxido de lítio-níquel-manganês), utilizado nos cátodos das baterias recarregáveis de iões de lítio, fundamentais para veículos elétricos e armazenamento de energia.

O financiamento vem do Fundo de Inovação, utilizando as receitas do Sistema de Comércio de Licenças de Emissão da UE (CELE). Sendo que o NEXTGEN CAM se inclui na categoria 'fabrico limpo', para projetos com despesas de capital superiores a 2,5 milhões de euros, centrada no fabrico de componentes para energias renováveis, armazenamento de energia, bombas de calor e produção de hidrogénio.

Nesta categoria, foram selecionados 11 projetos para subvenções, que, no seu conjunto, receberão 774 milhões de euros e incluem projetos dos seguintes setores: fabrico de componentes de energias renováveis (6), projetos de reciclagem de baterias (4) e um projeto de componentes da indústria com utilização intensiva de energia.

As subvenções surgem na sequência de um primeiro convite à apresentação de propostas para tecnologias de impacto zero, lançado em dezembro de 2024, para reforçar a liderança tecnológica da Europa e acelerar a criação de soluções inovadoras de descarbonização.

A totalidade dos projetos selecionados abrange 19 setores industriais em 18 países e a tónica é colocada nas indústrias com utilização intensiva de energia, nas energias renováveis e no armazenamento de energia, na mobilidade e nos edifícios com emissões líquidas nulas, no fabrico de tecnologias limpas e na gestão industrial do carbono.

Adianta-se que os 61 projetos têm potencial para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, diminuindo cerca de 221 milhões de toneladas de equivalente CO2 durante a sua primeira década de funcionamento, um valor comparável às emissões anuais de 9,9 milhões de automóveis europeus. A redução apoiará diretamente o objetivo da UE de alcançar a neutralidade climática até 2050 e o valor do financiamento de cada projeto selecionado será definido no primeiro semestre de 2026.


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