A contínua adesão dos portugueses aos pacotes de serviços de comunicações continua a explicar a subida do número de clientes do serviço fixo telefónico. No 1º trimestre do ano, aumentaram em 81 mil, mais 1,9% que em período homólogo de 2022. Sendo que os acessos suportados em redes de nova geração (FTTH, redes de TV por cabo e redes móveis em local fixo), representaram 90,5% dos acessos telefónicos, com um reforço do seu peso em 2,6%.
Os dados oficiais do regulador mostram que o parque de acessos telefónicos principais atingiu 5,5 milhões de acessos equivalentes, mais 109 mil acessos. O crescimento de 2% deveu-se ao aumento dos acessos suportados em redes de fibra ótica e TV por cabo, com mãos 266 mil acessos.
O volume de minutos originado na rede fixa diminuiu 17,7% em relação ao trimestre homólogo. Destaca-se que "a pandemia deixou de ter um impacto significativo no tráfego médio por acesso do serviço, retomando-se a tendência de decréscimo observada no período pré-pandemia e os níveis estimados caso esta não tivesse ocorrido".
Por tipo de chamada, a diminuição deveu-se sobretudo à diminuição do tráfego fixo-fixo (-19,1%) e, em menor medida, à redução do tráfego fixo-móvel (-5,8%), do tráfego nacional para números curtos e números não geográficos (-38,2%) e do tráfego internacional de saída (-24,6%). Em média, no 1º trimestre foram consumidos por mês 45 minutos por acesso, dos quais 29 minutos em chamadas fixo-fixo, 9 minutos em chamadas fixo-móvel e 2 minutos em chamadas internacionais. Em comparação com o 1.º trimestre de 2022, foram consumidos mensalmente menos 11 minutos por acesso (-19,5%).
Já o número de postos públicos instalados ficou em cerca de 12,2 mil, verificando-se uma queda de 10,4%. Sendo que o tráfego em minutos originado em postos públicos caiu 10,6%, numa tendência decrescente justificada pela substituição deste tipo de tráfego por chamadas de telemóvel e outras formas de comunicações suportadas na internet. Desde o 2º trimestre de 2016, este tipo de tráfego diminuiu 77,5%.
A quota de clientes de acesso direto da MEO atingiu 41,8%, seguindo-se a NOS com 34,3%, a Vodafone com 20,6% e a NOWO com 2,6%. A quota de clientes de acesso direto da NOS e da NOWO diminuíram 0,3 p.p. e 0,2 p.p., respetivamente. Por outro lado, a quota da Vodafone aumentou 0,4 p.p. enquanto a quota da MEO subiu 0,1p.p.