No ano passado, os Laboratórios Colaborativos (CoLAB) angariaram 647 clientes, aumentando 80% face a 2021. E, em conjunto com os Centros de Tecnologia e Inovação (CTI), agregam entre os seus associados mais de 3,3 mil entidades, das quais 87% são empresas. Os dados são da Agência Nacional de Inovação (ANI), entidade responsável pela monitorização e acompanhamento dos CoLAB e CTI, entidades com um papel de interface entre a investigação científica e a indústria.
Os números mostram que existem atualmente em Portugal 41 entidades reconhecidas como CoLAB em áreas estratégicas como saúde, energia e sustentabilidade, transformação digital e agroalimentar e um total de 31 CTI. Distribuídos por todo o território nacional, contribuem para a valorização do conhecimento e sua integração na economia.
Este balanço foi realizado no âmbito do 4º Encontro Anual de Laboratórios Colaborativos (CoLAB) e 1º Encontro Anual de Centros de Tecnologia e Inovação (CTI), que decorreram em Lisboa. Só no ano passado, os CTI faturaram aos seus clientes 107 milhões de euros, enquanto os CoLAB duplicaram as suas vendas, para 8 milhões de euros, quando em 2021 o valor tinha sido de quatro milhões. Destacaram-se as áreas de "Materiais, Economia Circular e Sustentabilidade Urbana" (1,7M€), "Saúde" (1,5M€) e "Energia e Sustentabilidade" (1,4M€).
Financiadas pela Missão Interface, no âmbito do PRR, os CoLAB (35 são financiados pela Missão Interface, havendo ainda mais seis CoLAB reconhecidos pela Fundação para a Ciência e Tecnologia) e CTI dispõem atualmente de 186 milhões de euros para aumentar e consolidar as suas atividades, de forma a promover a valorização do conhecimento, a competitividade e a internacionalização da economia portuguesa.
O relatório anual dos CoLAB revela que estas estruturas não só superaram, no final de 2021, o objetivo ao nível de contratações de emprego altamente qualificado (639 quadros, dos quais 32% doutorados), muitos dos quais no interior do país, como também angariaram 416 clientes em 2022, mais 80% que no ano anterior. Neste aumento da carteira para um total de 647 clientes, entre 2021 e 2022, destacam-se as áreas "Agroalimentar" (160), "Materiais, Economia Circular e Sustentabilidade Urbana" (126) e "Saúde" (113).
Já os CTI, envolvendo cerca de três mil entidades, 90% das quais empresas, têm como principal fonte de financiamento as receitas próprias (55,5%), tendo, em 2022. Atualmente, empregam mais de 3,3 mil pessoas diretamente envolvidas em Investigação & Desenvolvimento, das quais 38% são doutoradas.
A aposta no apoio à criação de CoLAB e CTI tem não só contribuído para a diversificação das entidades que compõem o Sistema Nacional de Inovação, como tem tido fortes implicações na criação de emprego altamente qualificado.
António Grilo, presidente da ANI, refere que estas entidades têm um papel fundamental no contributo que o sistema científico e tecnológico nacional pode dar para os grandes desafios globais: "As instituições de interface estão numa posição privilegiada para contribuir colaborativamente para a resolução de problemas que nos afetam a todos, colocando a academia, instituições científicas e tecnológicas, empresas e sociedade a trabalhar em conjunto para alcançarmos os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável em 2030."
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