Covid-19 e regulação impactam resultados anuais dos CTT

2021-03-18 Os CTT viram os lucros recuaram 42,9% no ano passado, para um total 16,7 milhões de euros, impactados pela interrupção do correio durante o período de confinamento e pela "lenta recuperação subsequente", tendo em conta o "insustentável enquadramento regulatório e de preços" aplicável ao grupo postal. No entanto, as receitas subiram marginalmente no total do exercício, graças à boa performance no 4º trimestre. 

O impacto da pandemia nas receitas foi sentido sobretudo no primeiro semestre, sendo que no final do ano a empresa conseguiu recuperar, devido "também a fatores sazonais". No quarto trimestre de 2020 as receitas aumentaram 10,2%, o que contribuiu para que o grupo conseguisse encerrar o exercício com uma subida de 0,7% nas receitas, para 745,2 milhões de euros. Já o EBITDA recuou 10,8%, para 90,5 milhões de euros, apesar de também ter registado uma subida, de 4,6%, no último trimestre, para os 32,8 milhões de euros, no que foi o maior resultado trimestral desde o primeiro trimestre de 2016.

Os correios, a principal área de negócio dos CTT, continuaram em queda, agravada no ano passado pandemia, com um recuo de 10,3%, para 422 milhões de euros, com "queda dos rendimentos do correio transacional", que baixou 11,7%, e do correio publicitário, que caiu 19,9%. Já os rendimentos das soluções empresariais cresceram 54,8%. O tráfego internacional também recuou 28,1% e o correio publicitário 20,9%, com "desinvestimento dos clientes, em alguns casos com suspensão integral dos envios e campanhas".

Em sentido contrário, o segmento Expresso e Encomendas, uma das alavancas de crescimento da empresa, a par do Banco CTT, registou rendimentos recorde no último trimestre de 2020, de 61,5 milhões de euros, mais 45% face ao mesmo período do ano anterior. No total do ano, o aumento foi de 26,6%, para 193 milhões de euros, graças ao aumento das compras online com a pandemia. No último trimestre de 2020, o tráfego de objetos atingiu os oito milhões, o que significa um "máximo histórico diário de 270 mil objetos". No total do ano, o tráfego de objetos totalizou os 25,9 milhões, mais 35,7%.

Já o Banco CTT atingiu pela primeira vez um resultado líquido consolidado positivo, de 200 mil euros. Tem 600 mil clientes, tendo ganho 56 mil contas no ano passado, e gerou rendimentos de 82,1 milhões de euros, mais 30,5% face ao ano maio de 2019.

O grupo investiu um total de 33,4 milhões de euros, menos 26,4% face a 2019. Ficou com 12 234 trabalhadores, menos 121. Recorde-se que no final do ano passado, os CTT viram prolongado pelo Governo o contrato de concessão do Serviço Postal Universal. Nesse sentido, "os mecanismos de compensação pela decisão unilateral de extensão do contrato foram ativados pela Empresa já no início de 2021", refere o comunicado da empresa.

Em termos de perspetivas para o futuro, destaca-se que "em virtude de um novo confinamento geral, a partir da segunda quinzena de janeiro de 2021, antecipa-se um impacto negativo a nível económico e social, que irá afetar a sociedade em geral e os negócios do grupo, o que poderá impactar as atuais estimativas elaboradas". Ainda assim, a empresa quer "apresentar um crescimento de um dígito elevado no que se refere aos rendimentos operacionais, EBITDA a crescer dois dígitos, EBIT superior a 50 milhões de euros e investimento de 35 milhões, dos quais 15 milhões referentes a investimento em crescimento".


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