CTT: negócio de encomendas e expresso já é o que mais pesa nas receitas

2025-03-21

Pela primeira vez na sua história, os CTT viram as receitas do negócio de encomendas e expresso ultrapassarem as da área postal tradicional. Um ‘feito' conseguido em 2024, ano em que o operador postal encerrou o ano com um recuo de quase 25% nos lucros, que ficaram em 45,5 milhões de euros, em resultado de fatores extraordinários.

No total, os CTT apresentaram receitas operacionais de 1,1 mil milhões de euros, mais 12,4% que em 2023. Também os gastos aumentaram 13,6%, para 947 milhões de euros, ficando o EBITDA nos 160,3 milhões de euros, mais 5,5%. Do total de receitas, a área de encomendas e expresso representou uma fatia de 43%, enquanto o serviço postal tradicional ficou com uma fatia de 42,5%.

O grupo destaca que isto de ficou a dever a uma estratégia descolagem da operação tradicional de correio, para se afirmar cada vez mais como uma empresa de expresso e logística. Já a área de serviços financeiros (certificados de dívida pública) caiu mais de 55%, ficando com um peso de 2,5% nas receitas. Refere-se que 2024 os certificados de dívida pública ficaram bastante menos atrativos face a outras alternativas, para além de terem sido impostos limites nalgumas categorias de subscrição. No que se refere ao Banco CTT, contribuiu com 11,7% para as receitas consolidadas, subindo 1,1%, para 130 milhões de euros.

No que se refere aos lucros, a descida de quase 25% ficou a dever-se a fatores extraordinários ocorridos em 2023 que já não se verificaram em 2024: as comissões ganhas com a comercialização de certificados de dívida pública, particularmente forte; e os impostos pagos, que passaram de 1,1 milhões então para os 9,3 milhões em 2024.

Refere-se ainda que a aliança com a DHL e a compra da Cacesa ainda não impactam positivamente os CTT, mas que posicionam o grupo para o crescimento futuro, tirando partido da área de logística e das entregas de encomendas ligadas ao comércio eletrónico, nomeadamente vindo da Ásia.

Para este ano, os CTT destacam quatro áreas de foco: continuar a acelerar o crescimento na logística e encomendas, tirando partido também dos negócios com a DHL e a Cacesa; aumentar o resultado do Banco CTT através de uma relação mais profunda com os clientes; aumentar a prestação de serviços financeiros, com a "normalização da colocação de dívida e novos serviços"; e tirar partido das sinergias da rede, "partilhada pelo banco, serviços financeiros, correio e encomendas".
 


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