A apresentação da Agenda Nacional de Inteligência Artificial, que deveria decorrer até final de março, com a definição da forma como será desenvolvida e aplicada a tecnologia no mercado nacional, foi adiada para depois das eleições. Ainda assim, o Governo garante que está já a preparar o documento, que integrará a pasta de transição para o próximo Governo.
A informação foi avançada por fonte do ministério da Juventude e Modernização ao SAPO TEK. Ainda na semana passada, o ministério tinha avançado ter recebido mais 1,2 mil contribuições, entre sugestões, propostas e medidas e ações concretas, no âmbito da auscultação que realizou para a elaboração desta agenda, que está inserida na Estratégia Digital Nacional. No seu âmbito, está também incluído o desenvolvimento do primeiro LLM português, o AMÁLIA, e a implementação de um Fábrica de IA no mercado nacional. Esta agenda está a ser preparada por um Comité de Acompanhamento Especializado, entretanto criado.
Recorde-se que o AMÁLIA, com um investimento previsto de 5,5 milhões de euros, e que tira partido de outros investimentos já feitos no desenvolvimento dos dados e da capacidade computacional, foi um projeto anunciado pelo 1º ministro noa Web Summit. Envolve os dois consórcios nacionais de IA que estão a ser financiados pelo PRR: o Centro para a IA Responsável, liderado pela Unbabel; e o Accelerate.AI, liderado pela Defined.Ai.
No entanto, e como já avançou o jornal PÚBLICO, a concretização do projeto parece estar em risco. As Universidades nomeadas para desenvolver o modelo não têm garantia de que o vão desenvolver.
Diz Observatório do Risco Geopolítico para Empresas, da Porto Business School