Os fornecedores que estão a ser investigados, no âmbito da que é conhecida como a ‘Operação Picoas', serão todos afastados até final do ano. Ainda assim, em termos de despesas totais, têm pouco peso nas despesas totais: menos de 2% das despesas totais da Altice France e menos de 6% das despesas totais da Altice International (principalmente em Portugal), avança o grupo Altice em comunicado. Onde adianta que estão a ser tomadas medidas para evitar situações similares.
O comunicado reitera que, na sequência as investigações do Ministério Público em Portugal, sobre a alegada teia de corrupção envolvendo fornecedores do grupo ligados ao cofundador Armando Pereira, avançou em julho com uma investigação interna. "Nessa altura, a Altice International, a Altice France e as suas filiais tomaram medidas corretivas imediatas, incluindo o reforço dos procedimentos e controlos de controlo interno, o reforço da supervisão dos processos de aquisição e a suspensão de determinados trabalhadores que tinham potenciais ligações à má conduta sob investigação", adianta-se,
Acresce que se começaram imediatamente a afastar "todos os fornecedores potencialmente implicados na investigação das autoridades portuguesas. Até à data, a Altice International e a Altice France concluíram substancialmente estas transições, de acordo com o plano, e terão concluído o plano de transição na íntegra até ao final de 2023".
Refere-se ainda que a investigação já foi "substancialmente concluída", independentemente de outros processos que possam surgir no futuro. E que a Altice International e a Altice France "iniciaram proativamente ações para melhorar e reforçar vários processos, políticas e procedimentos de controlo interno para prevenir, detetar e mitigar eficazmente o risco de qualquer futura má conduta individual potencial", nomeando consultores externos para o apoio à implementação das necessárias ações.
Entre elas estão o reforço da equipa de conformidade de cada empresa operacional, sob a liderança dos consultores gerais locais. E a melhoria dos mecanismos de denúncia de irregularidades, "para que todos os trabalhadores e outras partes interessadas se sintam à vontade para utilizar os vários canais de comunicação". Neste âmbito, estão envolvidas toda as políticas e procedimentos relacionados conflito de interesses; aquisições; diligência devida, integração e monitorização contínua de terceiros; realização de transações imobiliárias e controlos contabilísticos e políticas mais gerais, como o Código de Ética.
Nos processos de compras, cada empresa do grupo fica agora "responsável pelas suas próprias ordens de compra", sendo ainda criado "um comité de coordenação que inclui todos os chefes de departamentos de aquisição, a fim de permitir que as entidades operadoras continuem a beneficiar de economias de escala".
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