A entrada da Digi no mercado nacional poderá levar a uma descida dos preços das comunicações no imediato, mas haverá "consequências terríveis para o país a médio e longo-prazo", já que "vai pôr em causa o investimento sustentável" do setor. A afirmação é de Miguel Almeida, CEO da NOS, em entrevista ao Jornal de Negócios. Onde defende uma
revisão das políticas de concorrência para o setor volte a ser competitivo. É que "stamos a falar de uma entidade que a melhor característica que tem é a opacidade".
O gestor tece ainda críticas à Anacom por não se preocupar com a sustentabilidade do investimento e perspetiva que se corre o risco de não haver condições de investir, o que colocará o país na cauda da Europa. Em declarações, agora à Lusa, volta a reiterar a necessidade de consolidações entre operadores na Europa, para que as empresas cresçam, ganhem escala e capacidade de investimento e de inovação.
Neste momento, na sua ótica, impõe-se uma redefinição das políticas de concorrência, que estão a bloquear a capacidade e o desenvolvimento das empresas europeias de comunicações. E os retornos de capital dos players estão a níveis ‘baixíssimos', de uma forma transversal a toda a Europa.
Um dos exemplos disso é, na sua ótica, o chumbo da compra da Nowo pela Vodafone. "Em Portugal, o operador que é o terceiro em termos de dimensão e quota de mercado estava num processo de aquisição de uma coisa pequena, que nem sequer 2% de quota de mercado tinha. A entidade fundida continuaria a ser número três, portanto não há aqui concentração sob nenhuma perspetiva de análise de outros mercados".
Coima relaciona-se com incumprimento das regras de contratação istância de clientes