Os resultados líquidos da Impresa desceram 91,4% em 2022, para um total de 1,1 milhões de euros. Um ano antes, a dona da SIC e do Expresso tinha registado o seu maior lucro em 15 anos, de 12,6 milhões. O grupo foi afetado pelo aumento dos gastos com a produção de energia, as despesas com a cobertura da guerra na Ucrânia, encargos com indemnizações e os custos com a resposta ao ataque informático sofrido no início do ano passado.
Já as receitas recuaram apenas 2,6%, para 185,2 milhões, enquanto o EBITDA foi de 16,8 milhões de euros, menos 45,5%. A empresa viu ainda a dívida remunerada líquida reduzida em 31,4 milhões de euros, ficando num total de 107,2 milhões.
Por áreas de atividade, o negócio da televisão registou receitas de 159,9 milhões de euros, evidenciando um recuo de 3,1% face ao ano anterior. Foi, no entanto, o 2º melhor resultado em termos de faturação desde 2016. A SIC "manteve a liderança no universo dos canais generalistas, alcançando uma média de 17,1% de share, em dados consolidados", refere o comunicado enviado à CMVM.
Já o segmento publishing, onde se inclui o Expresso, a Tribuna, a Blitz e o Boa Cama Boa Mesa, apresentou receitas de 24,4 milhões das receitas, com um reforço de 2,5%, sendo o melhor resultado desde 2017. As receitas de publicidade cresceram 0,2% em termos homólogos, ficando nos 121,4 milhões.
"O ano de 2022 ficou marcado por eventos com um forte impacto negativo direto nos nossos resultados, como a guerra na Ucrânia e o aumento de custos com produção e energia. Além disso, a atividade da Impresa foi condicionada por um violento e criminoso ataque informático, que nos prejudicou tanto pelo aumento de custos como pelas receitas digitais que não auferimos durante o primeiro trimestre", refere o presidente executivo da Impresa, Francisco Pedro Balsemão.
Que destaca a adoção, em setembro último, do novo plano estratégico, que durará até ao final de 2025, visando um aumento de 15% a 20% da faturação e triplicar do peso das receitas da atividade digital. Para este ano, mantém "o objetivo de crescimento das receitas e da melhoria da margem operacional, através do complemento com novas fontes de receita, bem como a contínua aposta na qualidade, competitividade e diversificação da oferta de conteúdos multiplataforma".
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