A mais-valia extraordinária de 53,1 milhões de euros com a venda de torres à espanhola Cellnex permitiu à NOS subir os lucros em 84,6% no primeiro semestre do ano. Sem essa operação, teriam crescido 18,6%. As receitas também cresceram 5,2%, num período em que o grupo concluiu ‘investimentos significativos' na rede 5G, de mais de 185 milhões.
No total, a NOS apresentou resultados líquidos de 148,6 milhões de euros no semestre. Mas sem contabilizar as mais-valias, situar-se-iam nos 95,4 milhões de euros, um crescimento de 18,6% face a período homólogo de 2023. Já as receitas consolidadas cresceram 5,2%, para 815,5 milhões de euros. Sendo que as receitas de telecomunicações progrediram 5,8%, para 789,6 milhões de euros, refletindo o aumento do número de serviços. O EBITDA consolidado melhorou 5,5% face ao primeiro semestre de 2023, para 372,1 milhões de euros.
Este crescimento sustentado resulta, de acordo com Miguel Almeida, CEO da NOS, da aposta no 5G e da aceleração do programa de transformação do grupo "assente na massificação da utilização de IA. Esta estratégia pretende otimizar processos internos e elevar o nível de eficiência operacional a patamares superiores, compensando dessa forma um crescimento da estrutura de custos acima das receitas".
O gestor destaca que no primeiro semestre "a NOS concluiu investimentos significativos na implementação da melhor e mais extensa rede 5G em Portugal. Com uma cobertura que alcança mais de 96,5% da população, mantemos uma clara liderança no desenvolvimento e implementação desta tecnologia. Na rede de fibra, alargamos o perímetro de atuação em mais 200 mil casas cobertas no último ano. A empresa continua, assim, a alargar a sua cobertura de redes de nova geração, contribuindo de forma decisiva para acelerar a transição digital de Portugal, enquanto aumenta a sua base de clientes e, consequentemente, as suas receitas".
No final de março, a NOS detinha mais de 47% das estações 5G instaladas em Portugal, contabilizando 4.705. Já a sua rede fixa de última geração da NOS chega a 5,567 milhões de lares, mais 203 mil do que no período homólogo de 2023. O número de serviços aumentou 262 mil face ao período homólogo, atingindo os 11,142 milhões. No final de junho, tinha mais de 6 milhões de clientes móveis (+2,4% face a um ano antes), 1,672 clientes de tv paga (+0,4%) e 1,17 milhões de subscritores convergentes (+4,9%)
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