O ano de 2024 "consolidou a posição da Media Capital no panorama audiovisual", quer em termos operacionais, quer financeiros, com as receitas e os lucros a crescerem significativamente. Mas o grupo destaca que o mercado se media "se encontra em constante mutação", o que exige uma capacidade de adaptação permanente a novas formas de consumo.
A dona da TVI e da Plural registou no ano passado um resultado líquido de 9,26 milhões de euros, quando em 2023 tinha obtido apenas 319 mil euros. Já os rendimentos operacionais cresceram 17%, para 176,9 milhões, sendo que as receitas de publicidade subiram 7%, para um total de105,5 milhões, graças ao aumento do investimento publicitário, tanto nos canais generalistas como nos canais temáticos.
A Media Capital destaca que "apesar do crescimento da atividade, os gastos operacionais ajustados mantiveram-se controlados, atingindo 152,5 milhões de euros. Assim, o EBITDA ajustado alcançou os 24,4 milhões, um aumento de 14 milhões face a 2023, resultando numa margem de EBITDA ajustado de 13,8%", como se pode ler no comunicado à CMVM.
Onde refere que o grupo se conseguiu destacar em "todos os segmentos de negócio: reconquistou a liderança da televisão generalista (TVI), manteve-se como líder nos canais de informação (CNN Portugal), lançou um novo canal generalista em pay-tv (V+TVI), destacou-se na liderança dos meios digitais e fortaleceu a produção de ficção e entretenimento - não só para Portugal, mas também internacionalmente".
Com uma dívida líquida que se manteve "dentro das expectativas", o grupo terminou o ano com um endividamento líquido de 29,3 milhões de euros, num aumento de 8,9 milhões. O investimento ficou nos 9,1 milhões de euros, "resultado da estratégia de modernização e inovação que o grupo tem vindo a concretizar".
Para 2025, o grupo de media admite que a diversidade de oferta de streaming e conteúdos on demand, a pressão de novos operadores no mercado e a exigência do público colocam desafios permanentes, sendo a "capacidade de adaptação a novas formas de consumo" determinante para o crescimento. "A mensagem interna é clara: queremos manter a liderança da TVI, fazer crescer o V+ TVI, investir em mais
coproduções no segmento de produção e impulsionar novas práticas no digital. O sucesso de 2024 não nos pode acomodar - pelo contrário, deve desafiar-nos a ir mais longe".
Refere-se ainda que este será o ano em que o grupo começará a "recolher os frutos das mudanças estruturais que temos vindo a implementar, incluindo a transição para uma frota de serviço elétrica, respondendo aos desafios do mercado de tomar
opções mais sustentáveis. A nossa visão estende-se, com a mudança da Plural para a nova sede do Grupo, batizada de "Media City", já em 2026 e, logo de seguida, com a mudança da própria TVI. Esta posição permite-nos garantir a união de todo o grupo no mesmo espaço, motivando sinergias, assim como promover a evolução para instalações que respondam às exigências do futuro".
Diz Observatório do Risco Geopolítico para Empresas, da Porto Business School
