Media em crise apostam em permanente reinvenção

2025-07-03

A sustentabilidade dos media tarda em chegar, ameaçados pela concorrência das novas plataformas digitais e pela quebra nas receitas publicitárias. Os players do setor nunca enfrentaram tantos desafios como agora e o caminho passa por sucessivos reajustamentos à forma como as condições do mercado evoluem. A reinvenção é uma constante.
"Há uma fragmentação do nível da oferta e uma dispersão ao nível da procura. O que é um desafio, mas também uma oportunidade. Estamos preparados para nos reinventar constantemente", como começou por garantir o CEO da Impresa. Para Francisco Pedro Balsemão, esse processo " requer um grande esforço em pessoas e tecnologia, sobretudo nos media privados. Temos procurado ser os mais racionais possível, com imaginação, e adequar a estrutura e custos a cada momento. É das coisas mais desafiantes, mas também mais interessantes deste negócio. Temos feito um esforço de inovação e temos dado um passo à frente face aos concorrentes". 
Olhando para o futuro, o líder da Media Capital não tem dúvidas de que está ainda mais ameaçado pelas tendências de mercado. É o caso da IA, que está a normalizar-se nos grupos de comunicação social. A preocupação aqui tem a ver mais com a publicidade digital, onde sempre tivemos mais dificuldades em concorrer. Pedro Morais Leitão diz que "esta guerra parece estar a travar-se entre as gigantes mundiais da IA, o que cria uma preocupação grande, pois é uma guerra que afeta o mundo da comunicação social em termos globais. Estamos atentos aos que os demais grupos estão a fazer, mas o que pedimos à CE e ao Governo é estarem particularmente atentos, para evitar o caminho das pedras que já seguimos com os motores de busca".
Já Luís Santana, CEO da Medialivre, diz que o grupo aposta "numa equipa muito focada em resultados e trabalhos com objetivos bem definidos. Mas as dificuldades existem, dadas as assimetrias ao nível da concorrência. Não conseguimos competir com as grandes plataformas mundiais e temos novas ameaças com as ofertas de IA". E consegue mostrar-se otimista: "apesar das dificuldades, estou em crer que a comunicação social tem futuro".
Em pleno processo de restruturação, que implica a redução de efetivos, a RTP diz que está a fazer face a "uma estrutura pesada", nas palavras do seu presidente. Segundo Nicolau Santos, há que "mudar o modo de trabalhar, aproximar as redações das diferentes plataformas, entre outras iniciativas. As empresas têm ciclos e há alturas de mudanças - nesse sentido, fizemos um trabalho fantástico.  A decisão é na exclusiva competência da Direção da RTP e sem qualquer interferência política".
O gestor referia-se ao processo de demissão da direção de informação da RTP, que tem gerado polémica. "As empresas têm ciclos e António José Teixeira e a sua equipa fizeram um trabalho fantástico. Não é apenas o diretor da televisão que sai, não foi alvo que foi focado", diz, destacando que empresa está "a tentar encontrar fontes alternativas de receita", mas que é preciso "olhar para os custos". Até porque, se nos últimos 15 anos, a RTP teve resultados positivos, "este ano vamos ter resultados significativamente negativos", impactados pelo programa de rescisões voluntárias e pelo investimento. Mas expetativa é regressar aos lucros em 2026.


2025-07-10 | Atualidade Nacional

Cobrindo todos os concelhos e 74,1% das freguesias


2025-07-10 | Atualidade Nacional

Há mais de 270 empresas que obtiveram este estatuto pela 1ª vez


2025-07-09 | Atualidade Nacional

De acordo com presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento


2025-07-09 | Atualidade Nacional

Para aumentar segurança e prevenis acessos não autorizados


2025-07-07 | Atualidade Nacional

Defendendo medidas exigentes mas flexíveis e simples


2025-07-04 | Atualidade Nacional

Anúncio foi feito no Congresso por Giorgia Abeltino, da tecnológica