Número de empresas portuguesas vítimas de fraude aumenta 19%

2025-01-08

Quase metade das empresas portuguesas (42%) diz ter experienciado algum tipo de fraude ou infração conexa em 2024. O que representa uma subida de 19% face a um ano antes. Os ciberataques e o conluio em esquemas de fraude em meios de pagamento são os principais
eventos referidos. A conclusão é do ‘Corruption & Fraud Survey 2024', da Deloitte.

Este trabalho apresenta uma visão geral sobre a perceção dos líderes organizacionais em Portugal quanto às temáticas da fraude e corrupção à luz das tendências atuais mais relevantes no combate ao crime financeiro. Os 42% de inquiridos que indicaram ter sido alvo de fraude ou alguma infração conexa referem ainda que os ciberataques (25%) e o conluio em esquemas de fraude em meios de pagamento (14%) foramo s principais eventos ocorridos. E identificam como principais motivos para estas ocorrências a ineficiência dos sistemas de controlo (46%) e a falta de valores éticos (29%).

A tecnologia apresenta-se simultaneamente como uma ameaça e uma oportunidade. A maior parte dos inquiridos (97%) consideram importante a utilização da tecnologia na prevenção da fraude e corrupção e mais de metade (54%) consideram que a fase onde a utilização do GenAI é mais útil é a da prevenção. Ainda assim, só 34% das empresas têm instituídas soluções tecnológicas antifraude com integração de meios analíticos. E entre os inquiridos que afirmam dispor destas soluções, apenas 29% consegue quantificar a percentagem de potenciais eventos de fraude detetados com recurso a essas ferramentas.

Entre os instrumentos mais utilizados, as ferramentas de background checks continuam na liderança (53%), com mais 15 p.p. em comparação à edição de 2023. Seguida das ferramentas de analytics suportadas por regras de negócio para a deteção de fraude (43%).

"A fraude e a corrupção continuam a ser um desafio de elevada complexidade tanto para o setor empresarial, como para a sociedade. No caso das empresas, é essencial que acompanhem a evolução das ferramentas tecnológicas, nomeadamente incorporando nos seus processos a inteligência artificial generativa (GenAI). Sendo claro que há ainda espaço para ampliar as capacidades empresarias para dar resposta a situações de fraude e corrupção", refere em comunicado Gonçalo Quintino, Partner da Deloitte.

À semelhança de edições anteriores, a existência de conflitos de interesses não divulgados (64%) e o recebimento ou ofertas indevidas de vantagem (55%) são referidos como os principais riscos de corrupção e infrações conexas enfrentados pelas empresas inquiridas. Em relação aos principais riscos de crime financeiro aos quais as empresas se encontram expostas, o risco de fraude e corrupção é identificado por uma parte considerável dos inquiridos (41%), seguindo-se o risco de violação de conduta (30%) e o risco de branqueamento de capitais (14%).

"A crescente regulação, como é o caso da aplicação do Regime Geral da Prevenção da Corrupção, tem sido importante para as empresas reforçarem a sua capacidade de resposta a potenciais cenários de fraude e corrupção e as suas estruturas internas. 
Existindo um nível de adoção razoável no mercado para os instrumentos previstos por este regime, torna-se agora imperativo que as empresas continuem a monitorizar a implementação e cumprimento deste instrumento", acrescenta o gestor.

O estudo revela ainda que os líderes empresariais portugueses compreendem a importância de proteger as suas organizações de riscos relacionados com fraude e corrupção. Cerca de 83% reconhecem que as ocorrências de eventos de fraude afetam diretamente os resultados financeiros e não somente a dimensão de eventos de fraude reputacional. E 81% consideram importante ou muito importante a aposta numa cultura de prevenção da corrupção, incluindo a comunicação e formação frequente nesta matéria. corrupção, incluindo a comunicação e formação frequente nesta matéria.

O canal de denúncia de fraude e a monitorização das mesmas é um dos mecanismos mais utilizado (84% vs 74% na edição de 2023), enquanto o processo de avaliação periódica de risco é o segundo mecanismo mais indicado (58%). Quase todos os inquiridos (96%) concordam que o ambiente e cultura de prevenção da fraude na sua empresa tem espaço para ser melhorado.

 


2025-01-17 | Atualidade Nacional

Para garantir segurança da computação quântica do futuro


2025-01-16 | Atualidade Nacional

Recolha de sugestões decorre até 30 de janeiro


2025-01-16 | Atualidade Nacional

No âmbito da 20ª edição do Global Risks Report


2025-01-16 | Atualidade Nacional

Seguiram a bordo do Falcon 9, da Space X


2025-01-09 | Atualidade Nacional

Consulta pública decorre até 7 de fevereiro


2025-01-09 | Atualidade Nacional

Plataforma de insights de apoio ao desenvolvimento de negócios e tecnologia