Organizações sofreram 881 ciberataques por semana em 2021
2022-01-13

Em média, as organizações portuguesas foram atacadas 881 vezes por semana no ano passado, o que representou um aumento de 81% face a 2020. Educação, saúde e Administração Pública foram os setores mais afetados. As conclusões são de um estudo da Check Point Research (CPR), área de 'threat intelligence' da Check Point Software Technologies, fornecedor de soluções de cibersegurança.
Em comunicado, a empresa avança que o pico se registou em dezembro, "muito devido à vulnerabilidade no Log4J. Em Portugal, uma organização foi atacada, em média, 881 vezes por semana, um aumento de 81% face a 2020". Entre os setores mais visados, destacaram-se a educação, saúde e a administração pública/setor militar.
Já ao nível global, o número de ciberataques por semana aumentou 50%, sendo os setores mais afetados a educação/investigação (com um aumento de 75%), seguido pela saúde (71%). África, Ásia Pacífico e América Latina foram os principais alvos de ciberataques contra organizações, mas a Europa registou o maior aumento percentual (68%) de ciberataques.
A empresa explica que "novas técnicas de penetração nos sistemas e métodos de evasão fizeram com que fosse muito mais fácil para os hackers levar a cabo as suas intenções maliciosas". E antecipa-se que os números devem progredir em 2022, "com os hackers a inovar continuamente e a procurar novos métodos para executar ciberataques, especialmente ransomware".
Para Omer Dembinsky, data research manager da Check Point Software, o mundo "está a viver uma ciberpandemia" e teme que em 2022 possa ser ainda mais grave. Alerta que algumas indústrias fulcrais para a sociedade estão a subir cada vez mais na lista dos mais atacados. Como a educação, os serviços públicos e a saúde, que constam do top 5 de setores mais visados em todo o mundo.