Portugal mostra progressos no digital mas precisa de acelerar

2025-06-18

Apesar do progresso notável na digitalização, Portugal ainda tem desafios a endereçar no que respeita ao cumprimento das metas definidas por Bruxelas no âmbito da Década Digital.  O reforço da adoção da IA, a aceleração das competências digitais básicas dos portugueses e adoção de tecnologias avançadas, tal como o crescimento das startups, são os principais. Quem o diz é a Comissão Europeia, no seu novo relatório sobre o Estado da Década Digital 2025.

O documento relativo à situação de Portugal considera que o país tem apresentado "um progresso notável na digitalização, com um crescimento estável nos serviços públicos digitais e um desempenho particularmente forte no acesso a registos de saúde eletrónicos". Mais: o país tem uma infraestrutura digital robusta, com uma cobertura quase total de 5G e gigabit. Assim como um ecossistema favorável ao surgimento de startups. Há também um crescimento promissor no número de especialistas em TIC, incluindo mulheres.

O documento destaca ainda o roteiro nacional para a digitalização, que inclui 157 medidas, com um investimento significativo de 2,15 mil milhões de euros. E diz que a população portuguesa demonstra uma perceção positiva da digitalização, com 71% dos cidadãos a considerar que a digitalização dos serviços públicos e privados facilita as suas vidas.

Assim, e elencando os pontos fortes do país, Bruxelas destaca o crescimento estável e elevado nível de serviços públicos digitais, com destaque para o acesso a registos de saúde eletrónicos. Assim como uma conetividade quase total, com redes sólidas. E um crescimento do número de especialistas em TIC, incluindo uma maior participação feminina. Refere ainda, no ecossistema de inovação, um ambiente favorável para as startups.

No entanto, persistem desafios na adoção da IA, com um progresso lento na adesão das empresas à tecnologia. Assim como, em termos de competências digitais básicas, de níveis abaixo da média da UE, com lacunas significativas em grupos com menor escolaridade e pessoas mais velhas. Refere-se ainda uma adoção modesta de tecnologias avançadas pelas empresas em geral e, apesar de existir um ecossistema favorável ao crescimento das startups, considera-se que o scaling-up das startups continua a ser um desafio.

Tendo em conta esta avaliação, o documento de Bruxelas sugere algumas medidas a tomar. A começar por fomentar a colaboração entre os setores público e privado e a academia para apoiar a adoção de tecnologias digitais avançadas, especialmente a IA, através da implementação atempada de medidas planeadas. No combate à divisão digital, considera que se deverá avaliar a eficácia das medidas atuais e identificar novas abordagens para colmatar as lacunas nas competências digitais básicas, visando reduzir a divisão digital na sociedade.

Portugal deverá ainda continuar a implementar a agenda de Nação Digital e Inteligente, que inclui medidas digitais para enfrentar desafios territoriais, ambientais e climáticos.

"Portugal está no caminho certo para a transformação digital, com progressos significativos em várias áreas. No entanto, é crucial abordar os desafios relacionados com a adoção de IA e as competências digitais básicas para garantir que ninguém seja deixado para trás na Década Digital. O investimento contínuo e a colaboração entre os diferentes setores serão fundamentais para o sucesso futuro da digitalização em Portugal", refere o documento da CE.
 


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