Portugal tem mais iliteracia no acesso à internet que a média europeia

2021-09-23 O serviço de acesso à internet residencial é utilizado por 84% das famílias portuguesas, um valor abaixo da média da União Europeia, que se situa nos 91%. Portugal era no ano passado o quarto país da Europa onde a iliteracia digital era a principal razão para que as pessoas não acederem à internet: 18% dos portugueses nunca a utilizaram, quando na Europa a média era de 9%. As pessoas reformadas ou de mais idade, com níveis de escolaridade mais baixos ou famílias com rendimentos mais baixos são os estratos com maior peso no mercado nacional.
Os dados são da Anacom, que apresentou uma infografia sobre o estado da arte das telecomunicações em Portugal e como se comparam ao nível da União Europeia em 2020. São destacados vários pontos, como a taxa de penetração dos serviços, seja a internet fixa e móvel, seja o serviço telefónico móvel e fixo.
Assim, no acesso do serviço telefónico móvel, a média no mercado nacional no ano passado era de 146,5 acessos por 100 habitantes, quando na Europa era de 172,4. Já no serviço telefónico fixo, Portugal apresentava 49,5 acessos por 100 habitantes, contra os 38,5 europeus de média. O regulador diz que, neste caso, se trata de um serviço está em queda em todo o território europeu, exceto em Portugal, Áustria, Hungria e Espanha.

No acesso à banda larga fixa residencial, eram 79% das famílias portuguesas que o utilizavam, sendo Portugal o terceiro país da União Europeia com maior proporção de acessos com 100 Mbps ou superior. Já na banda larga móvel residencial, o nosso país ficou abaixo da média europeia, com 48% contra 58%. Por sua vez, na larga fixa empresarial, o mercado nacional fica acima, com uma média de 95%, quando na Europa era de 93%, e na banda larga móvel era o inverso: 67% contra os 70% da UE. Apesar disso, Portugal tinha velocidades de download superiores à média europeia.
A infografia mostra ainda que na aquisição de serviços de cloud computing, Portugal estava ainda abaixo da média europeia, apresentando 29% face aos 36%. E na utilização de comunicações digitais, a média ficou nos 50% contra os 53% da UE, onde se incluem as redes sociais, sites de partilha de conteúdo multimédia, bloques ou microblogues, ferramentas de partilha de conhecimento baseadas em wikis.
O país ficou ainda abaixo da União Europeia na utilização das ferramentas e tecnologias pelas empresas, como IoT (13% contra 18%), big data (10% contra 13%), uso de chat para atender clientes (9% contra 12%). Mas as empresas nacionais tiveram menos problemas de cibersegurança em comparação com a Europa (8% contra 12%, dados de 2019).
Na utilização de serviços e comunicações suportadas em internet, Portugal envia mais mensagens via instante messaging que a média europeia: 70% versus 68% da UE. Já na asesão ao vídeo on demand por streaming, ficámos em 26% contra 33%.
Os hábitos online dos portugueses mostram algumas assimetrias com o resto da Europa. 39% utilizavam para visualizar vídeos os erviços de partilha face aos 57% da EU e o internet banking era usado por 47% dos portugueses, contra a média europeia de 57%). Nas redes sociais, contudo, estamos à frente da Europa: há 63% de utilizadores nacionais, face á média europeia de 56%.
Quando às compras online, apesar de ter uma média inferior (35%) à da UE (53%), o número de encomendas por utilizador e os gastos aumentaram, aproximando-se da média europeia. Apenas 29% dos portugueses nunca fizeram compras online, a 5ª posição mais alta em termos europeus. Portugal teve ainda menos problemas de cibersegurança que o resto da União Europeia, com 27% contra 39%. O phishing e o pharming são os primeiros problemas registados.
A Anacom reitera que nos preços, as telecomunicações em Portugal diminuíram 0,8% em maio de 2021, uma descida superior à EU, de apenas 0,1% no que diz respeito à taxa de variação média dos últimos 12 meses. Mas fazendo um balanço entre final de 2009 e maio de 2021, os preços em Portugal aumentaram 8,1% e na União Europeia diminuíram 9,7%.


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