É preciso encontrar um acordo político o mais largo possível, de forma a permitir uma verdadeira reforma do Estado. E diálogo do Governo com o Parlamento e Belém para a estabilidade política do país é essencial nesse processo. A afirmação é do Presidente da República, numa das que foi, como referiu, uma das suas últimas intervenções como presidente sobre a economia e a sociedade portuguesa
"O Governo é minoritário, portanto, é um relacionamento que supõe acordos. E estes, da reforma do Estado, são daqueles que são acordos de Estado. São fundamentais. Não pode um Governo minoritário avançar sem esses acordos. Essas leis exigem um acordo o mais largo possível sustentado", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa no encerramento da conferência Millennium Talks Lisboa - COTEC Innovation Summit.
Assim defendeu que, na anunciada reforma de Estado, embora haja mudanças estruturais "muito importantes" a fazer, o que "verdadeiramente interessa é saber o que se passa nos próximos seis meses". Por isso é necessário saber-se que o processo exige estabilidade política, sendo este "um problema sensível", mas um tema "fundamental" para garantir que um período de, pelo menos, uma legislatura "corra bem".
Assim, "é fundamental uma parceria entre o Presidente da República e o Governo. É essencial, o nosso sistema é semipresidencial, não é presidencialista, nem é parlamentar, e significa que só é possível a estabilidade com muita capacidade de diálogo entre o Presidente da República, primeiro-ministro e, portanto, o Governo e, claro, Assembleia da República".
"Que o poder local, que vai ter um teste importante, saia com uma conformação que permita uma estabilidade e uma eficácia da atuação", desejou, comentando as autárquicas do próximo domingo.
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