A geração Alpha portuguesa (crianças entre os 6 e 14 anos) desconstrói a ideia de que as crianças apenas se interessam por tecnologia, ao revelar comportamentos e motivações diversificados na sua relação com o mundo digital. Um estudo do IPG Mediabrand identifica quatro perfis distintos, sendo 92% das crianças utilizam a internet, 88% assistem à televisão, 83% fazem videochamadas e 80% assistem a vídeos onlineO YouTube, TikTok e WhatsApp lideram as preferências digitais.
Denominado "Alphaverso - Descodificando a geração do Futuro", estre trabalho identifica como os quatro perfis distintos nas crianças portuguesas: as Thrill Seekers - procuram desafios e emoções através de videojogos e conteúdos audiovisuais; as Theme Enthusiasts - que se foram em temas específicos e usam a tecnologia para explorar essas paixões; as Creative - motivados pela expressão criativa, procuram tutoriais e produzem os próprios conteúdos; e as Socializers - que utilizam a tecnologia para manter contacto com a comunidade, online e offline.
Contrariamente às expetativas, a televisão mantém uma presença constante no quotidiano das crianças, sendo o meio com menos restrições de acesso. A idade média para acesso autónomo ao smartphone situa-se nos 10 anos, embora o uso de equipamentos familiares se intensifique a partir dos 8 anos.
Relativamente ao controlo parental, os pais demonstram consciência crescente sobre o papel da tecnologia, implementando soluções de monitorização e controlo. Os jogos eletrónicos são a área com maior supervisão parental - apenas 14% das crianças jogam livremente, sem acompanhamento.
O estudo destaca que as crianças, especialmente meninos e de faixa etária mais velha, impulsionam a utilização tecnológica em casa, apresentando novidades à família e influenciando o consumo doméstico.
Realizado em 2024 pela Mediabrands com apoio do Google e recolha de dados pela IPSOS Apeme, o estudo analisou 600 famílias portuguesas através de metodologia mista (qualitativa e quantitativa), incluindo entrevistas e visitas etnográficas.
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